sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

La fragilidd de la vida

Esta tarde me vino a la memoria una frase de un poema español del siglo XIII, que dice algo así como que la vida es frágil y ya escucho los astillazos. Me gustaría decir algo sobre la fragilidad de la vida, una sensación con la cual tenemos que convivir. No hay cómo evitar ni la fragilidad ni la incerteza, su pariente próxima. Una y otra están siempre con nosotros. Y esto nos pone en contacto con un aspecto de la realidad que no siempre tenemos presente, es la fugacidad de la vida. Pero no de la vida en general, sino de la vida de cada uno. Son temas no demasiado agradables, nos gustaría que la vida fuera algo seguro, que durara para siempre, sobre todo cuando es feliz y buena. Pero no es así, es frágil y bella. Bella en su fragilidad, en su fugacidad. Por eso esta tarde, cuando escribo estas cosas, me parece que oigo los astillazos. Y eso no me asusta, trato de saber que forma parte, que es algo consubstancial con la vida, su fragilidad, su incerteza. Así es bella, por eso es tan bella. Leia ayer algo que el Padre José Comblin escribía sobre estas cosas, y recordaba la manera como él llegó al final de su peregrinar en este mundo. Terminó su vida momentos antes de oficiar misa. Se fue a ese otro mundo sobre el cual nos dejó señales, vislumbres, en su libro O Caminho. Ensaios sobre o seguimento de Jesus. Habla de la vida como una peregrinación, en la cual vamos dejando el tener, yendo hacia el ser. Me gustó. El libro está ahí, como recordándome esta fragilidad que es consubstancial con la vida, y que recuerdo esta tarde.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Entre Natal e Ano Novo

Quando era jovem, ao chegar perto do fim no ano, ou na noite do réveillon, ficava esperando que se escutasse algum barulho, como de uma folha de almanaque mudando. Pensava que entre o fim de um ano e o começo de outro, como ao atravessar de um país para outro, deveríamos escutar algum som, ou ver alguma linha, como na fronteira. Não escutei nada, embora esta fase entre depois do Natal e o começo do ano novo, ainda é como que um tempo de espera, um tempo singular. Não sei bem de que, mas diferente.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Em busca de si mesmo

Há alguns dias atrás, escrevi algumas anotações a respeito da busca de mim mesmo, da sensação de não estar de todo aqui, ou de não ser verdadeiramente eu mesmo, de sentir que estou a caminho, como querendo chegar mas ainda não chegando. Não era bem isso, mas algo parecido, alguma coisa assim desse estilo. Muitas vezes vale a pena insistir em algum tema que nos é muito importante, porque mesmo que o começo não seja uma ideia muito clara, e sim apenas uma noção vaga, podemos, no ir e vir de palavras e ideias, ir clareando alguma coisa. Dizia nesse escrito de dias atrás, que chamei de “Identidade”, que Julio Cortázar me dera muito consolo, pois ao ler o que ele disse de si mesmo, de ser alguém que desde pequeno soube não estar de todo onde deveria estar, um pouco mais à esquerda ou não sei mais para onde, mas não onde deveria estar, como os demais, explora o quanto essa estranheza fez por ele como literato, como poeta.

Nem sempre esse não estar de todo aí, que é o título da reflexão de Cortázar em “A volta ao dia em 80 mundos,” dá lugar à criação literária ou poética. Mas no caso dele, foi por esse corrimento, se assim posso me expressar, por essa sensação de não estar de todo aqui ou não ser verdadeiramente o que se esperava que ele fosse (isto é meu, não dele), que ele veio a se tornar quem foi. Quando li isto, senti um alivio bárbaro. Uma verdadeira sensação de consolo. Me vi refletido nele. E, ao partilhar meu escrito “Identidade” com pessoas amigas e da família, tive de volta um reflexo reforçador: essas pessoas de alguma maneira também sentiam que necessitaram, ao longo da sua vida, de um lugar para ser, de um lugar em si mesmos, que pudessem identificar com seu próprio eu. Hoje caminhava de tarde pela beira mar, como costumo fazer muitas vezes, e pensava se a questão seria a de se encontrar, a de finalmente dizer, cheguei, te peguei, você é eu, alcançando o nosso verdadeiro ser, coisa que duvido que possa vir a acontecer um dia, ou se a coisa seria, mais bem, a de dizer: agora sei quem sou. Agora me conheço. Ambas as coisas me pareciam tão coincidentes que pareciam uma só. Cheguei, sei quem sou. Uma coisa só. Andava pela beira mar, pessoas andando em uma e outra direção, os prédios de um lado, os coqueiros do outro, cachorros, crianças, tudo que é o cenário dessas horas da tarde quando todo mundo sai para passear um pouco, e pensava que estas reflexões iriam parecer uma cópia do texto de dias atrás, e pensava: pode ser, mas não tem nada não. O que é o que não se repete? Não se copia por copiar, mas para tentar encontrar algo a mais. Se encontrei ou não, você poderá dizer. Ou não.

domingo, 25 de dezembro de 2011

Identidade

Às vezes uma pessoa necessita de um lugar para ela mesma. Um lugar para si própria. Pode não ser um lugar grande, pode ser lugar pequeno. Basta ser um lugar onde ela possa ser. Creio que todo ser humano necessita um lugar para si, um lugar onde possamos ser nós mesmos. Pode não ser um lugar muito grande, nem muito visível. Pode ser um lugar bem pequenino, em lugares quase imperceptíveis. Mas é o lugar que necessitamos para viver, um lugar para ser. Como já tenho vivido um grande número de anos, à procura de mim mesmo, e não me acho, ou acho que não me acho ainda, e quando acho que estou para me achar, ocorre de outra vez ficar mais um pouco para lá, não sei bem aonde, mas um pouco ainda fora do lugar, e continuo tentando. Hoje veio esta certeza, de ser alguém que anda à procura de si mesmo. Talvez seja isto o que possa dizer de mim mesmo, que andei à procura durante muito tempo e ainda insisto. Ainda sei que vou me achar, ou ao menos vou tentar, vou continuar tentando em encontrar. Tenho um grande consolo em saber que Julio Cortázar, esse argentino sem fronteiras, andou à sua procura, e deixou um mapa, da mesma forma que John Lennon, e Gita Lazarte, e Mamina, e Juan Lazarte, e Jesus Cristo, todos e todas deixam mapas. Deixamos mapas para os que amamos, e seguimos à procura. Lembro de um escrito do Padre José Comblin, O Caminho, ensaio sobre o Seguimento de Jesus, a imagem que faz da mensagem de Jesus. Diz que a mensagem de Jesus é uma mensagem simples, e que essa simplicidade é para nós como a cidade no topo da montanha. Estamos sempre à procura, sem nunca a alcançar. Me parece ésta uma metáfora da condição humana. Estamos sempre como que quase a nos alcançar, quase nos pegando com as mãos, e de novo ficamos um pouco mais além, um pouco mais á esquerda ou mais á frente, em outro lugar. Julio Cortázar me redime. Ele diz que desde pequeno, soube ser alguém que estava onde não deveria estar, fora de lugar. Sinto isto de mim mesmo, desde que me conheço por gente, e ainda hoje, ou até hoje, ainda não sei a expressão certa, sinto ser alguém que anda por aí, alguém que tenta chegar e não consegue, que se aproxima mas não consegue de todo ser quem é, que está por chegar mas ainda falta. Um dia hei de chegar, acho. E nesse dia, gostaria de ver vocês por aqui.

sábado, 24 de dezembro de 2011

La tela en blanco


En el cuarto de abajo, hay una tela sin pintar. En ella he visto, diversas veces, flores como jazmines y hortensias, claveles y glisinas, rosas y margaritas. Y unas flores azulcitas y celestes, como en racimos, que se ven al final de la calle donde vivo. En la tela en banco veo muchas flores.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Yo tuve un sueño

Hoy pensaba en los sueños que tuve de joven. Cuando uno es joven tiene muchos sueños. La vida se asemeja a los sueños. La vida es sueño, dice Calderón de la Barca. Así que si sueñas, te asemejas a la vida. Hoy tuve, en un momento, la exacta sensación de que somos como mandalas caleidoscópicas. En ese sentido, sentí en ese momento, somos inmortales e infinitos. Sé que un día moriré, pues como dice Hermann Hesse, todo muere, todo gusta de morir. Pero no es la muerte física la que me preocupa, ya que es inevitable, o al menos parece serlo. Después de Saramago y sus Intermitencias de la muerte, ya no se sabe con certeza. Lo que sé que puedo evitar, lo que se puede y hay que evitar, es la muerte en vida, la muerte anterior, la que ocurre si dejas de soñar, si dejas de tener esperanzas, si dejas de amar. Entonces, seré inmortal, o puedo serlo. Depende de mí.

sábado, 17 de dezembro de 2011

Refletindo

Hoje acordei pensando em uma frase que é atribuída a Osho (Bhagwan Shree Rajneesh). Teria ele dito, ao ser perguntado acerca de quem fora o seu mestre, que cada pessoa que encontrou na vida, fora seu mestre. Hoje de manhã esta frase soou muito oportuna, pois estava pensando que necessito ser mais flexível, deixar a vida acontecer, deixar a vida me levar, como a água, que contorna as dificuldades, ao invés de se defrontar com os obstáculos de frente. Pensava que muitas vezes podemos ganhar mais fluência no viver, se nos deixamos levar pela vida, ao invés de fazer força numa ou noutra direção. Algumas atitudes automáticas enraizadas, perdem força desta maneira, e é como se o nosso existir ganhasse oxigênio. Não sei se isto ocorre com vocês, mas me parece que sempre algumas das nossas reações automáticas, sejam no pensar, no sentir ou no agir, são simplesmente hábitos cristalizados, que nada nos trazem de benéfico. Afrouxar esses automatismos, deixar a vida acontecer, pode ser uma forma de irmos ganhando mais flexibilidade, mais fluência. Uma espécie de paz, uma leveza, podem então vir a fazer parte da nossa vida. Coincidentemente, no final do dia, uma frase do Evangelho de Marcos, veio me chamar a atenção, sobre o fato de que cada dia tem o seu próprio afã. Não se preocupar com o amanha. Confiar.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

El Dr. Omar Lazarte presenta libro sobre su trayectoria académica, científica y docente

El 6 de diciembre de 2011, el Dr. Omar Lazarte presentó, en la Facultad de Ciencias Médicas de la Universidad Nacional de Cuyo, Mendoza, el libro de Fabiana Mastrángelo, intitulado "La creatividad y el sentido de la vida - Trayectoria académica, científica y docente del Dr. Omar Lazarte. El acto fue abierto por la vicedecana Alba Ortiz, y contó con la presencia de la autora del libro, Fabiana Mastrángelo; Lola Gómez de Pérez, que fue colaboradora del Dr. Lazarte de muchos años, co-autora con él, del libro "Siempre puedes elegir", y el filósofo Nolberto Espinosa. Estaban entre los asistentes, la hija del Dr. Alberto Culotta, nieta de José Ángel Culotta, citado por el Dr. Lazarte como ejemplo de amistad en el libro; y también el Dr. Benigno Gutiérrez, ex-alumno del Dr. Lazarte.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Ubicación

Hay días en que uno como que viene viniendo. Por momentos sientes que estás por llegar, o estás casi ya ocupando tu lugar. Ayer tuve la certeza de que esto estaba ocurriendo. Ví el vaso sobre la mesita de luz, el reflejo de la luz en el vidrio que la cubre, y me quedé quieto, como esperando. Entonces supe que estaba llegando. La vida pasa muy rápido, y cuando ya se ha vivido bastante, hayq que ir procesando los cambios, lo vivido. Es mucha vida, y esta procesamiento va ocurriendo mientras miras una película en la televisión, mientras piensas en el amor de la mujer que te ama, si eres hombre, como el que escribe estas cosas. Y esto justamente es lo que sentía esta tarde al ver Joe Wade, en la televisión. El amor de una muchachita que él encuentra en el camino, y la lleva en el auto. El amor es tan simple, tan profundo. Parece nada o muy poco, y es todo. No sé lo que puedas pensar que es el amor, pero yo te diré que para mí es todo. Al amor es lo que nos muestra lo que somos, lo que es la vida. Es tan entero, nos integra. Hoy me costó como que encajarme en el día. El día ya había empezado, ya había conversado un poco con mi papá, a quien estoy visitando, pero como que el día iba yendo y yo todavía no había llegado, estaba por llegar pero no llegaba del todo. Al ver la película, pensaba en mi esposa, cuánto conocí de mí mismo, de ella y del amor, desde que la conocí. Pensaba en mi más viejo amigo, alguien con quien converso aún en silencio. Muchas veces converso en silencio con este tan grande y antiguo amigo. Y hay cosas de uno que uno sólo las sabe en presencia de un buen amigo, o de la mujer que nos ama. Estas cosas empezaron a venir a mí esta tarde, al ver la película Joe Wade. Hablé con este amigo por teléfono, y supo que yo necesitaba hablar. Hablé con todos mis hijos e hijas, que son cuatro. Y hablé con cada uno de estos seres, como si fueran cuerdas de una guitarra que tocaran dentro mío. Los oigo y me oigo. Y ahora que la tarde ya va llegando al momento en que se empieza a transformar en noche, puedo decir que este día, ocho de diciembre de 2011, ha sido un día de encuentro, un día de llegar, un día de venir. Día de ir de a poco ocupando uno su lugar.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Regalos de Mendoza

Oyes el sonido de los pájaros nocturnos, como acunando el día que va a comenzar. En esta hora silenciosa, antiguos sentires se hacen presentes. Memorias pretéritas de tu vida, de tiempos en que el vivir era inexpugnable, inviolable en cualquier sentido, en que la vida corría como corre ahora, silenciosa e indetenible, hacia el presente, hacia la presencia, hacia lo que está aquí. Tiempos en que la vida era como es ahora, presencia. Tu tierra mendocina guarda estos regalos para tí, que fuiste fiel en el amor al lugar donde comenzó tu existencia. Ese anidarte en el lugar otiginal de tu vida, es volver a esa vida intocada que papita coo adormecida en cada ser. Todos pueden volver a ser niños, a volver a la juventud que es un tesoro del alma que no se pierde por nada. Estos días en Mendoza han traído para tí ese tesoro maravilloso, la vida primera, la vida original, el sentir primero. Has sentido los perfumes de tus calles, los cantos del agua en las acequias, los verdes de los árboles, el aire de la montaña que baja impregnado de olores de yuyos, las voces de la gente mendocina, tan peculiares. Te has como que anidado infinitas veces en ese silencio que te acoge, hecho de veredas y plazas, de álamos carolinos y piquillines, recuerdos de idas a la montaña en bicicleta, el club, el parque, el rosedal, los amores iniciales, amigas, amigos, fiestas, luchas, esperanzas, sueños, familia, canción, paz, y, por qué no decirlo, el tiempo de lo innombrable, de lo que no cabe en el juico de ninguna persona humana, el tiempo de la ignominia, la aberración y la mentira, del atropello a todo lo que es noble, generoso, justo, correcto y digno. El estiércol de donde brotaron las flores que ves por todas partes. Mendoza, buen día.