"Nos movemos por
la fé y no por la vista," dicen que dijo el apóstol Pablo. La vista
interior, sin embargo, la podemos construír con la fé, con la experiencia de
vida que nos enraíza en el presente. He tratado y sigo tratando de ver
interiormente, guiarme por lo que veo dentro de mí. Colores, sensaciones,
sentimientos, comprensión del sentido de lo que voy viviendo y lo que viví. Así
voy sintiéndome más seguro, acompañado por aquella Luz que brilla para siempre
y desde siempre. Esto me abre a la gente a mi alrededor, a los pájaros con sus
cantos en la mañana, al sol que ilumina en el cielo, a las flores que me
acompañaron desde el comienzo y siguen haciéndolo. Entonces desaparece una
sensación de vacío y soledad. Me siento unido a
todo y a todos/as. Me doy cuenta de que he ido haciendo mi lugar en el
mundo, escribiendo. Y así también mantengo mi propio lugar. Aprendo a
compartir, a ver las complementariedades, en vez de competir y compararme todo
el tiempo con los demás. Vuelve una alegría infantil. Volví, y no hay mejor
sensación que esta.
O sonho de todo escritor, mesmo menino, ou, sobre tudo, menino, é o de escrever. Escrever num jornal. Ter seu próprio jornal. Engatinhando ainda nas ferramentas e no layout dste blog, aqui está a minha tentativa.
sexta-feira, 25 de janeiro de 2019
segunda-feira, 21 de janeiro de 2019
Pertenecimiento
Me refugio entre las letras.
Allí me anido, hago mi mundo.
Me guardo, me resguardo, me fortalezco.
Esto ya lo he dicho incontables veces, y lo seguiré diciendo
mientras así sea para mí.
Leo y escribo para integrarme en un mundo más grande, más
amoroso, más digno, más justo, más bello.
Me rehago de todas las presiones y alienaciones, de todos
los debería o debiera, de todas las culpas. ¿Qué culpa tengo yo, al fin y al
cabo?
terça-feira, 15 de janeiro de 2019
Rastros, rostros
Andando por la ciudad, hoy sentí la compañía de
tantas memorias. Era como una seguridad que me anidaba. Personas queridas con
las cuales compartí momentos. Jornadas atrás de distintos objetivos. Paseos. Reuniones.
Esperas. Desesperas. Anoté, como tantas veces, lo que iba haciendo, viendo y
sintiendo. Era como que una reunión de tiempo, y yo juntándome en ese tiempo
que convergía hacia el ahora. Ahora comparto dos poemas de Cecília Meireles, como
una manera de cerrar, agradecido, este día.
Medida da significação (I),
por Cecília
Meireles
PROCUREI-ME nesta água da minha memória
que povoa tôdas as distâncias da vida
e onde, como nos campos, se podia semear, talvez,
tanta imagem capaz de ficar florindo...
Procurei minha forma entre os aspectos das ondas,
para sentir, na noite, o aroma da minha duração.
Compreendo que, da fronte aos pés, sou de ausência absoluta:
desapareci como aquele — no entanto, árduo — ritmo
que, sôbre fingidos caminhos,
sustentou a minha passagem desejosa.
Acabei-me como a luz fugitiva
que queimou sua própria atitude
segundo a tendência do meu pensamento transformável.
Desde agora, saberei que sou sem rastros.
Esta água da minha memória reüne os sulcos feridos:
as sombras efêmeras afogam-se na conjunção das ondas.
E aquilo que restaria eternamente
é tão da côr destas águas,
é tão do tamanho do tempo,
é tão edificado de silêncios
que, refletido aqui,
permanece inefável.
PROCUREI-ME nesta água da minha memória
que povoa tôdas as distâncias da vida
e onde, como nos campos, se podia semear, talvez,
tanta imagem capaz de ficar florindo...
Procurei minha forma entre os aspectos das ondas,
para sentir, na noite, o aroma da minha duração.
Compreendo que, da fronte aos pés, sou de ausência absoluta:
desapareci como aquele — no entanto, árduo — ritmo
que, sôbre fingidos caminhos,
sustentou a minha passagem desejosa.
Acabei-me como a luz fugitiva
que queimou sua própria atitude
segundo a tendência do meu pensamento transformável.
Desde agora, saberei que sou sem rastros.
Esta água da minha memória reüne os sulcos feridos:
as sombras efêmeras afogam-se na conjunção das ondas.
E aquilo que restaria eternamente
é tão da côr destas águas,
é tão do tamanho do tempo,
é tão edificado de silêncios
que, refletido aqui,
permanece inefável.
Motivo
por Cecília Meireles
Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.
Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.
Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
— não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.
Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
— mais nada.
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.
Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.
Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
— não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.
Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
— mais nada.
segunda-feira, 7 de janeiro de 2019
Mi lugar
Un lugar para mí
¿Cuál es mi lugar?
Mi lugar es para ser ocupado.
Esto lo supe en Italia.
Ocupo mi lugar escribiendo
(Aunque me repita).
Es un lugar pequeño
Pero es mi lugar.
Aprendo constantemente aquí.
No necesito publicar todo, siempre.
Pero muchas veces lo necesito.
Necesito contactar, conectarme
Con otras personas
Y conmigo
Con mi historia y con mi memoria
Con mis sueños y deseos
Fabrico mi mundo al escribir.
Mi lugar es un pequeño espacio
Apenas perceptible
Este es mi lugar.
(Cuando no escribo, mi mundo se estrecha
Me sofoco si no escribo,
Me siento oprimido
Si no dejo que las palabras vengan a decir cosas)
Aquí respiro, soy yo mismo.
Aquí hago pie.
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