sábado, 25 de abril de 2009

Las rutinas, las repeticiones

Cuando alguien se despierta a estas horas de la mañana, no es, por cierto, para ceder a alguna de las rutinas que disputan el control de su comportamiento. Talvez sea, me parece, para poder verlas, notar la influencia que ejercen sobre la vida, o, aún, simplemente tomar nota acerca de su existencia. Las hay que quieren hacerte sentir culpable, virtuoso, repetitivo, original, atropellador, invasivo, único, todopoderoso, cristiano, militante, artista, para citar algunas de las que vienen a mi pensamiento en esta hora, en que la lluvia arrecia y me pregunto, ¿cuántas veces he sentido y dicho esto ya? ¿Cuántas, de las crónicas que comparto por la Internet con decenas de lectoras y lectores, muchos de los cuales no conozco, empiezan notando la lluvia que cae? Más importante que la contabilidad de lo repetido, es notar su ocurrencia. Como que la mente, o tú mismo, no sé, elige lo que te parezca mejor, con, o eres, un palco de repeticiones. Aún esta constatación no es nueva. Hay rutinas buenas y malas. No se tata de calificarlas, tampoco, sino de notarlas. ¿No te parece? ¿No habrá entre ellas alguna brecha? ¿Algo que te permita además de darte cuenta, dar la vuelta para escapar de su control omnímodo? No que haya algo malo en la rutina –o en las rutinas—en sí. Pero talvez, no sé, s eme ocurre, talvez, decía, pueda haber “una luz, una hendidura”, algo que te permita asomarte a este día que empieza a nacer como si fuera, de hecho, lo que es: un nuevo día. Buen día.

¡Cuantas de mis crónicas, cuántos de mis escritos, decía, empiezan con esta frase, o con esta palabra: Escucho Rain. Llueve, etc.! No hay anda de malo en la repetición en sí. La lluvia se repite, tú te repites al repetir la citación de la lluvia, todo se repite. A veces piensas que no hay repetición. Que cada lluvia es única, y que un día alguien podría llegar a escuchar el tamborileo de las gotas que caen, en su única ocurrencia irrepetida, en su originalidad irrepetible. No me parece imposible ésto. El solo hecho de que estés, una vez más discurriendo sobre lo mismo, demuestra esa esperanza: Puedes, un día, ser capaz de emerger de la rutina como un ser irrepetido. Ùnico. Irrepetido. Original. Irrepetido, repito. (25 de abril de 2009)

Ahora guardarás estas anotaciones en la carpeta Crónicas. Si fueras más específico, lo sería en la carpeta: Repeticiones, Lluvia. Pero nada se repite. Sólo te parece. Nunca nada es, no será, no podría ser, repetido. Todo es único, original, nuevo, aunque no siempre nos demos cuenta de ello. La mera insistencia en descubrirlo, es el testimonio de nuestra esperanza. Que tengas suerte. Buen día, otra vez. Siempre, buen día.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

POESIAS DO SÉCULO XXI

HAY DÍAS EN QUE NO SÉ QUÉ HACER,
EMBORA TENHA JÁ FEITO UM BOCADO DE COISAS.

JÁ LEVANTEI, ESCREVI, OREI, RESMUNGUEI,
ESCREVI COISAS COMO ÉSTAS E OUTRAS MUITAS

QUE, QUEM SABE, UM DIA SERÃO FAMOSAS
POESIAS DO SÉCULO XXI.

domingo, 19 de abril de 2009

A opção da falta de opções: A TELEVISÃO

A opção da falta de opções. Tenho assim batizado o aparelho propagador de imagens e sons que lá embaixo, na sala da televisão, e atendendo a esse mesmo nome, insiste em ser a opção na hora da falta de opções. Se mais jovem fosse, muito, mas muito mais jovem mesmo, iria à rua brincar com os amigos de figurinha, de amarelinha, ou iria andar de bicicleta ou à praça do bairro. Mas já não sou tão jovem, e as tais opções da mocidade não mais me são oferecidas. De modos que, querendo ou não querendo, numa hora como estas, num domingo como hoje, aparentemente não teria outra possibilidade de matar o tempo que a de sentar na frente da televisão. Para ver algumas jovens cantando, ou outros jovens pregando, ou então notícias do mundo ou da cidade, ou vistas de outras cidades ou povos, montanhas, lagos, animais, etcetera e tal. Nada demais, como programa de domingo. Os tais programas de domingo propriamente ditos, pouco me interessam. Visto um todos vistos. E quem já tem, como eu, e talvez alguns dos que isto lerem, muitos anos, já viu todos. As películas raramente merecem alguma atenção. Imagens correndo mais do que os carros na rua, em ritmo de telegrama, sem tempo para que você as veja. Enredos enredados demais para um homem simples como eu, que prefere ouvir as vozes que falam quando o mundo cala. Entrevistas memoráveis, de escritores ou escritoras descrevendo seu ofício, salvam a pátria. A opção da falta de opção é, de fato, uma falta de opção, a televisão.

Cuando llego a casa

Chego em casa, de casa. Da casa da minha namorada, à minha própria casa. De casa em casa. Mas não queria ficar nisto, de lá pra cá, de cá pra lá. Apenas dizer que, sendo domingo, tinha vontade de ir à praia, mas o sol está demais. De ir ao shopping, mas estou cansado pra dirigir. Dirigi um bocado essa semana passada. Fui pra Laranjeiras, pra universidade, pra Praia Bela, onde compramos um terrenozinho com a mina esposa. Hoje caminhei pelo calçadão e pela areia. Nadei. Vi as flores nos jardins da beira mar e da minha casa, e no caminho à praia e no caminho de volta para casa. Tudo isto para dizer, querido/a leitor, que este domingo, sem querer ficar em casa, estou em casa, e querendo sair, saio deste modo, visitando você, não sei onde estás, nem quero saber, basta saber que estás aí, em algum lugar, lendo nestas coisas que alguém sem ter coisa melhor para fazer, decidiu pôr na sua frente. Até.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

A Teologia da Libertação se propaga, apesar do veto do Vaticano, por Leonardo Boff *

Rio de Janeiro, março/2009 – Desde seu começo, no final dos anos 60, a Teologia da Libertação adotou uma perspectiva global, focada na condição dos pobres e oprimidos do mundo inteiro, vítimas de um sistema que vive da exploração do trabalho e da depredação da natureza. Este sistema explora as classes trabalhadoras e as nações mais fracas. E, além disso, reprime os que oprime e, portanto, contraria seus próprios sentimentos humanitários. Em uma palavra, todos devem ser libertados de um sistema que perdura há pelo menos três séculos e foi imposto em todo o planeta.

A Teologia da Libertação é a primeira teologia moderna que assumiu o objetivo global de pensar o destino da humanidade desde a condição das vítimas. Em consequência, sua primeira opção é se comprometer com os pobres, a vida e a liberdade para todos. Surgiu na periferia das Igrejas centrais, não nos centros metropolitanos do pensamento consagrado. Por essa origem, sempre foi considerada suspeita pelos teólogos acadêmicos e principalmente pelas burocracias eclesiásticas e da Igreja mais importante, a romano-católica.

De seu berço na América Latina, a Teologia da Libertação passou para a África, estendeu-se à Ásia e também a setores do primeiro mundo identificados com a solidariedade e os direitos humanos dos mais pobres. A pobreza entendida como opressão revela muitas faces: a dos indígenas que desde sua sabedoria ancestral conceberam uma fecunda teologia da libertação indígena, a teologia negra da libertação que resiste às marcas dolorosas deixadas nas nações que foram escravistas, a das mulheres submetidas desde a era neolítica à dominação patriarcal, a dos operários usados como combustível da máquina produtiva. A cada opressão concreta corresponde uma libertação concreta.

A questão teológica de base que até agora não acabamos de responder é: como anunciar de maneira crível um Deus que é um Pai bondoso em um mundo abarrotado de miseráveis? Só tem sentido se implicar a transformação deste mundo, de maneira que os miseráveis deixem de gritar. Para que uma mudança semelhante tenha lugar, eles próprios têm de tomar consciência, se organizar e começar uma prática política de transformação e libertação social. Como em grande parte os pobres em nossos países eram cristãos, se tratava de fazer da fé um fator de libertação.

As Igrejas, que se sentem herdeiras de Jesus, que foi um pobre que não morreu de velhice, mas na cruz como consequência de seu compromisso com Deus e com sua Justiça, seriam as aliadas naturais deste movimento de cristãos pobres. Este apoio se verificou em muitas igrejas nas quais havia bispos e cardeais proféticos como Helder Câmara e Paulo Evaristo Arns no Brasil, Arnulfo Romero em El Salvador, e muitos outros, assim como numerosos sacerdotes, religiosos e religiosas e laicos comprometidos politicamente.

Em razão de sua causa universal, já no início da década de 70, a Teologia da Libertação era um movimento internacional e convocava verdadeiros fóruns teológicos mundiais. Estabeleceu-se um conselho editorial integrado por mais de cem teólogos latino-americanos para compilar uma sistematização teológica a partir da perspectiva da libertação em 53 tomos. Já havia 13 tomos publicados quando o Vaticano interveio para abortar o projeto. O então cardeal Joseph Ratzinger foi rigoroso. Cortou pela raiz um trabalho promissor e benéfico para todas as igrejas periféricas e especialmente para os pobres. Passará à história como o cardeal – e depois papa – inimigo da inteligência dos pobres.

A Teologia da Libertação criou uma cultura política. Ajudou a formar organizações sociais como o Movimento dos Sem-Terra, a Pastoral Indígena, o Movimento Negro e foi fundamental na criação do Partido dos Trabalhadores no Brasil, cujo líder, o presidente Lula, sempre se reconheceu na Teologia da Libertação.

Hoje em dia, esta teologia transcendeu os limites confessionais das igrejas e se converteu em uma força político-social. Além de Lula, identificam-se publicamente com a Teologia da Libertação os presidentes Rafael Correa, do Equador; o ex-bispo Fernando Lago, do Paraguai; Daniel Ortega, da Nicarágua, e Hugo Chávez, da Venezuela, além do atual presidente da Assembléia das Nações Unidas, o sacerdote nicaragüense Miguel D’Escoto. Sua força maior não reside nas cátedras dos teólogos, mas nas inumeráveis comunidades eclesiásticas de base (só no Brasil existem cerca de cem mil), nos milhares e milhares de círculos nos quais se lê a Bíblia no contexto da opressão social e nas chamadas pastorais sociais.

Roma incorre na profunda ilusão de crer que com seus documentos doutrinários emitidos por burocracias frias e distantes da vida concreta dos fieis conseguirá frear a Teologia da Libertação. Ela nasceu ouvindo o grito dos pobres e hoje a comove o grito da Terra. Enquanto os pobres continuarem se lamentando e a Terra gemendo sob a virulência consumista, haverá mil razões para sentir o chamado de uma interpretação libertária e revolucionária dos evangelhos. A Teologia da Libertação é a resposta a uma realidade injusta e salva a Igreja central de sua alienação e de um certo cinismo.

* Leonardo Boff é teólogo e co-autor da Carta da Terra.

Às vezes penso que gostaria de pintar um quadro

Às vezes penso que gostaria de pintar um quadro, mas, ao invés de pintá-lo, penso nele. Um sol num céu vermelho, com um álamo, semelhante ao que está lá embaixo, na salinha da televisão. Ao invés de pensá-lo, pinto ele, quero dizer, ao invés de pintá-lo, penso nele. O que você faria, leitor/a, no meu lugar? Pintaria o quadro, ou pensaria nele. Se pintá-lo, não o pensarei mais, deixará de ser. Será uma a mais das inúmeras pinturas que andam por aí, minhas, suas, deles, de quem for. Pintores famosos. Cézanne, Miró, Van Gogh, Spilimbergo, Di Cavalcanti, El Greco, Goya, a lista é infinita. Se não o pintar, nunca ninguém saberá dele, a não ser eu e você, nós, um segredo. Prefiro os segredos. Imagine um quadro com um sol amarelo, bem bonito e brilhante, redondo, num céu vermelho. Um álamo do lado direito do quadro, um caminho para o sol, passando por um campo de trigo. Não pense, veja. O quadro está aí, é seu, você o pintou. Chau.

O dia de não dar certo está certo, tá certo?

O dia de não dar certo. Vou pra aula de pilates e não tem. O horário era outro. Deixo o carro na vaga de outro cliente que, impaciente, espreita. Chego em casa bem, graças a Deus. Vou procurar cimento na loja de construção, e não tem. O dono se alonga em considerações diversas que não vem ao caso repetir aqui, e tenho que deixá-lo, uma vez que meu cunhado esperava em casa o cimento, e tinha de ir procurá-lo em outra loja. Fechada, mas a dona ia chegando, e foi abrindo. Tinha cimento, mas não os ajudantes para carregá-lo no carro. Carregá-lo no carro, as coisas começam a melhorar. Quando as rimas vem, tudo está bem. Ia continuar com ladainhas queixumentas que, meio de brincadeira, meio a sério, pretendiam dizer que nada dera certo hoje, mas o certo é que tudo está certo,embora pareça que nada está dando certo. Está certo? Minha cunhada me ajudou a por o sofá ao sol, pra tirar o bolor. Meu cunhado chapisca a parede enquanto escrevo estas palavras que lês, querido leitor/a. A internet anda devagar quase parando. Cheguei em casa da minha namorada depois que ela se fora. O suporte técnico me deixou falando sozinho ao telefone. Mas um reembolso que estava esperando para sarar as minhas finanças neste árduo mês de abril, chegou antes do esperado. Terminei uma tradução que me deu muito prazer. E agora, após um almoço caseiro e alguns minutos de distração na televisão, estou pronto para encerrar a parte da manhã deste dia que, embora parecesse o dia de nada dar certo, está tudo certo. Está certo? Está, sim.

sábado, 11 de abril de 2009

O que é ser um terapeuta comunitário

Um terapeuta comunitário é uma pessoa que quer sarar constantemente das suas neuras, das suas dificuldades pessoais, de, como pessoa deste tempo, homem ou mulher do século XXI, abrir caminho para seus sonhos, suas possibilidades e suas capacidades para ser feliz.

É alguém que aprendeu, de repente ou num processo, que não poderia sarar sozinho, pois que não fora sozinho que adoecesse. Suas dores foram coletivas, embora aninhadas no seu ser individual.

O terapeuta comunitário aprendeu a lembrar de si e lembrar outros de si mesmos. Não como técnica apenas, mas sobre tudo como prazer pessoal, como satisfação de ver o outro crescer no processo mútuo de construção da própria pessoa.

Um terapeuta comunitário é alguém que lembrou das suas raízes, do lugar e da família, do bairro ou da terra, da província ou do estado de origem. O terapeuta, ao lembrar de si, reconstitui a sua história, sue memória, seus afetos, suas lutas, e se torna um motivador da libertação pessoal e coletiva.

O terapeuta comunitário aprendeu que é dando que se recebe. No convívio com os pobres, rompeu barreiras que as socializações posteriores à primária, estabeleceram no seu ser, retomando o contato com a fonte viva da vida. A gratuidade e a generosidade das pessoas do meio popular, sua fé e solidariedade, sua esperança ativa, renovam no terapeuta comunitário a sua própria resiliência.

O terapeuta comunitário rompeu com o autismo universitário, com o egocentrismo intelectualista, com os preconceitos que o isolavam de si mesmo e da vida e das pessoas ao seu redor. Por viver em rede, ele se restitui constantemente à trama da vida. O símbolo da terapia comunitária, a teia da aranha, mostra o trabalho constante do ser humano, terapeuta ou não, por estabelecer conexões vitais em todas as direções. Para dentro e para fora. Consigo, contigo, com o passado, o presente e o futuro. Com Deus, com a terra, com os vizinhos, com as pessoas com que se encontra a qualquer momento e em qualquer lugar. O terapeuta comunitário é um germe do homem e da mulher novos pelos quais trabalharam, sonharam e morreram milhares de pessoas em todos os tempos e em distintos lugares da Terra.

Ele é uma semente de esperança viva e ativa.

E muitas outras coisas que iras descobrindo na tua própria caminhada.

CREO EN DIOS

(Dedicado a Maria Filha)

Creo en Dios
Desde que te conozco
Le sacaste a la vida
Afanes de teología
Juntabas en tus manos
La ternura de una niña
La pureza de un anciano
La vida es el texto sagrado
Dijiste en casa de Lía cierta vez
Cuentas mis cuentas: nada te faltará
En ti se cumple la profecía.
Vi su rostro en tu rostro
Un Jesús más perto
Jesús en tu cara en la rodoviaria de João Pessoa
Te ibas a las Ocas do Indio en misión a que me plegué
Te veo bailante dançante tamborilante
La tentación me visita en la puerta
Sé que debo cuidarme
Cuidarte
Eres tú
Mi dios mais perto
Un dios no teológico
No libresco
Un dios más aquí
Un dios no dios
No dios sino tú
Y
Yo
No dos sino uno
Dos en uno
Como los chicles Adams
Yo y tú
Como decía Martin Buber
Mujer, si puedes tú con dios hablar
Decile que nunca dejé de te amar
Y te amar
Y te amar de novo.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

El día y los pájaros

Cuando el día viene, los pajaritos se ponen a cantar. Yo no sé si es que el día viene porque los pajaritos se ponen a cantar, o, al contrario, los pajaritos se ponen a cantar porque viene el día. El hecho es que ambos vienen juntos, el día clareando, y los pájaros cantando.

terça-feira, 7 de abril de 2009

De tristeza e alegria

Não tenho nada contra a tristeza, bem como nada tenho contra a alegria.

Uma e outra convivem em mim alegre, pacificamente. Ora melhor, ora pior.

Uma se alimenta da outra, como o dia da noite, as estações, morte e vida.

Se as vires ou eu as vir, dir-te ão algumas coisas, como as dizem a mim.

João Pessoa, 7/4/2009

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Cambios tenues pero decisivos

Era un momento muy importante en su vida. Difícil de definir. ¿Qué había ocurrido? Ayer pensaba: es la obsesión que se ha ido La compulsión, la forzación de barra constante, desde hace tanto tiempo. La violencia interna, el empujarse constantemente hacia esto o hacia lo otro, o contra esto o contra lo otro. De mañana, se despertara y no había ninguna compulsión. Eso era nuevo. Durante el día, la sensación persistió. Algo había cambiado. Era extraño, y de algún modo lo desconcertaba. Su compañera le dijo que no había nada de errado en estar indeciso, eso era normal. No era locura. Ella le preguntara qué es lo que habría cambiado, y hoy, un día después, él mismo se preguntaba. Era algún énfasis, sí. Una especie de exceso de expectativa. Algo se había ido. Una especie de desmesura, talvez podría decir. Hoy ya no lo tenía tan claro. No era la fijación, que persistía, aunque más tenue. Talvez, pensó, no fuera tan importante saber qué es, saber definirlo, sino vivirlo y agradecer. Agradeció. Era la madrugada del dos de abril de dos mil nueve. Talvez fuera paz, pensó. Simplemente paz. Paz y nada más. ¿Sería la insistencia, la repetición o repetencia? Ella continuaba presente, aunque más tenue. El miedo, también persistía, aunque más tenue también. Talvez, pensó, fuese solamente eso, una cuestión de intensidad. No le preocupaban respuestas hechas, ni inmediatas. Ya vendría. Confiaba que sí, que ya vendría, y estaba contento y agradecía. Bom dia.