sexta-feira, 22 de maio de 2009

TERAPIA COMUNITÁRIA ON LINE, por Rolando Lazarte

A terapia comunitária não ocorre apenas nas rodas de terapia, também se pratica a través da internet. Acaba de ser publicado o livro de Rolando Lazarte, RESURRECCIÓN, uma coletânea de crônicas e poemas colhidos pela internet por Maria Helena Rodrigues de Oliveira. A troca de mensagens, os relatos de experiência as vivências, o intercâmbio de sentimentos e idéias, eventos, textos, documentos, encontros, opiniões, dados, criam um espaço de encontro humano que o autor soube explorar com maestria e humor, convidando leitoras e leitores a se somarem a essa fantástica tarefa de se tornarem espectadores de si mesmos, cronistas da sua própria vida, exploradores dessa cidade desconhecida e misteriosa que é a vida e a pessoa de cada um, de cada uma. A través de 128 páginas, os leitores e leitoras são levados a se internarem nos labirintos da vida vivida com intensidade e entusiasmo, com alegria e esperança, na partilha de experiências vividas a partir da libertação do autor dos grilos da depressão e da paranóia em roda de terapia ocorrida no PSF-Nova Esperança, no bairro dos Ambulantes, em Mangabeira, em 2004. As páginas testemunham a gratidão do autor a essas pessoas sabias e pobres que, mesmo não tendo, ou talvez por não ter, meios financeiros abundantes, são ricas no que falta à pessoa no mundo atual: amor, generosidade, compreensão, autenticidade, espontaneidade, solidariedade, fraternidade, profundidade, sentimento de pertencimento, autoestima, autoconfiança, capacidade de construir juntos, em mutirão, um mundo melhor em nós mesmos e com os outros cada dia, todos os dias. Ressurreição, Resurrección, na língua natal de Lazarte, o título do livro não poderia ser mais significativo, e dispensa comentários. Se a TC nos resgata das garras do anonimato e da autodestruição, do isolamento estéril e da mercantilização da vida, do autismo profissional e da esquizofenia universitária, este livro é um testemunho disso, e, mais, da história de vida de quem, emergido das trevas da autodestruição semeada nos sobreviventes pela ditadura militar argentina, evoca e convoca em cada um, em cada uma, o ânimo e o espírito de luta sem o qual não se vive, apenas se agüenta. As mulheres pobres da periferia de João Pessoa, as companheiras da UFPB do Departamento de Enfermagem, a irmã Ana Vigarani, Adalberto Barreto, os/as terapeutas comunitários dos encontros formadores nas Ocas do Índio em Bebribe, Ceará e em Pedras de Fogo, profissionais interessados na Venezuela, no México, no Uruguay, colegas da Argentina e do Chile que se dispõem a se tornarem parteiros e parteiras da esperança, encontrarão no livro de Lazarte ânimo para seus esforços, amparo para suas angústias, e a certeza de que cada um, cada uma, é convocado/a a ser um criador de formas autônomas e originais de Terapia Comunitária. Tenho dito. É isto. É isso aí. O livro ode ser adquirido por e-mail.

quinta-feira, 21 de maio de 2009



Rolando junto a su esposa esposa Maria Filha

Un día nomás, día

Un día sin teología, sin terapia, sin sociología, sin filosofía, sin ideología, sin causas, sin cobranzas, sin exigencias, sin compulsión, sin forzaciones de barra, sin demasiados telefonemas, solo los indispensables, y la alegría de oír un amigo, un amigo nuevo que evoca viejos nuevos amigos. Andar por la ciudad sin rumbo, evocando una ciudad que buscaste toda tu vida sin saber que estaba en ti, que eras vos mismo o vos misma, dependiendo si sos mujer u hombre que me leés, que leés estas palabras que bajan al renglón esta tarde. No quiero convencerte de nada, no sabría de que. Tampoco quiero convencerme de nada, no sabría de que. Apenas hoy, desde que el día comenzó, me negué a cumplir deberes. Como un Gandhi sin turbante ni rueca, ni ahimsa ni nada de lo que a él lo caracteriza. Apenas un día sin obligaciones. Desobediencia civil. Só por hoje.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Lluvia llama al llanto (Bom dia)

Chove. Chuva chama choro. Mas não choro. La lluvia llama a las otras lluvias, todas las lluvias que vi y que vivi en mi vida. La lluvia llama al llanto. Pero el llanto trae la madre, trae la comunidad, la interiorización, la comunión. Ayer fue un dia de la madre incomún. Mamá no estaba. No, del modo como acostumbró estar en la tierra, devota, sublime, sagrada, callada. También fue intempestiva, enérgica, chocante a veces. Era su modo, o mejor, sus modos. No era de una sola manera, sino de dos. Siempre recordaba y nos decía, palabras de santos, refranes populares. Pero eran cosas vivas, aunque no siempre lo vi así. A veces me molestaba, me parecia un fanatismo. No era así. Dios es el color, decía. Para ir a donde quieres, has de ir por donde no quieres. Son frases de Krishnamurti y de San Juan de la Cruz. Pero en Gita eran de Gita, eran la propia vida. Así la recuerdo hoy, así te recuerdo hoy, madre, después de la fiesta del dia de la madre ayer en Maria. Maria es la alegria de mi vida. Maria es alguien a quien no puedo nombrar de manera definitiva, excesiva, superlativa, exagerada, adjetivada. Vienen palabras que no te definen. Sigue lloviendo. San Genaro, Moldes, Mendoza, Santiago de Chile, Compostela, Santa Rosa, Córdoba de las campanas. Godoy Cruz, João Pessoa. Ocas do Índio, Montevideo. La vida continúa Un pájaro canta a lo lejos y un auto pasa. El mate me espera allá abajo y mis amigos, los seres con quienes comparto la vida, están en sus intimidades, guardando la vida, unidos a la eternidad que nos une. La lluvia es eso. Es el origen, es la comunión. Por eso un dia como hoy, en que llueve en João Pessoa y tu llamada me llama a la quietud y al silencio, acato la llamada y me callo. Buen dia o, como decimos por aqui, Bom dia.