sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

La fragilidd de la vida

Esta tarde me vino a la memoria una frase de un poema español del siglo XIII, que dice algo así como que la vida es frágil y ya escucho los astillazos. Me gustaría decir algo sobre la fragilidad de la vida, una sensación con la cual tenemos que convivir. No hay cómo evitar ni la fragilidad ni la incerteza, su pariente próxima. Una y otra están siempre con nosotros. Y esto nos pone en contacto con un aspecto de la realidad que no siempre tenemos presente, es la fugacidad de la vida. Pero no de la vida en general, sino de la vida de cada uno. Son temas no demasiado agradables, nos gustaría que la vida fuera algo seguro, que durara para siempre, sobre todo cuando es feliz y buena. Pero no es así, es frágil y bella. Bella en su fragilidad, en su fugacidad. Por eso esta tarde, cuando escribo estas cosas, me parece que oigo los astillazos. Y eso no me asusta, trato de saber que forma parte, que es algo consubstancial con la vida, su fragilidad, su incerteza. Así es bella, por eso es tan bella. Leia ayer algo que el Padre José Comblin escribía sobre estas cosas, y recordaba la manera como él llegó al final de su peregrinar en este mundo. Terminó su vida momentos antes de oficiar misa. Se fue a ese otro mundo sobre el cual nos dejó señales, vislumbres, en su libro O Caminho. Ensaios sobre o seguimento de Jesus. Habla de la vida como una peregrinación, en la cual vamos dejando el tener, yendo hacia el ser. Me gustó. El libro está ahí, como recordándome esta fragilidad que es consubstancial con la vida, y que recuerdo esta tarde.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Entre Natal e Ano Novo

Quando era jovem, ao chegar perto do fim no ano, ou na noite do réveillon, ficava esperando que se escutasse algum barulho, como de uma folha de almanaque mudando. Pensava que entre o fim de um ano e o começo de outro, como ao atravessar de um país para outro, deveríamos escutar algum som, ou ver alguma linha, como na fronteira. Não escutei nada, embora esta fase entre depois do Natal e o começo do ano novo, ainda é como que um tempo de espera, um tempo singular. Não sei bem de que, mas diferente.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Em busca de si mesmo

Há alguns dias atrás, escrevi algumas anotações a respeito da busca de mim mesmo, da sensação de não estar de todo aqui, ou de não ser verdadeiramente eu mesmo, de sentir que estou a caminho, como querendo chegar mas ainda não chegando. Não era bem isso, mas algo parecido, alguma coisa assim desse estilo. Muitas vezes vale a pena insistir em algum tema que nos é muito importante, porque mesmo que o começo não seja uma ideia muito clara, e sim apenas uma noção vaga, podemos, no ir e vir de palavras e ideias, ir clareando alguma coisa. Dizia nesse escrito de dias atrás, que chamei de “Identidade”, que Julio Cortázar me dera muito consolo, pois ao ler o que ele disse de si mesmo, de ser alguém que desde pequeno soube não estar de todo onde deveria estar, um pouco mais à esquerda ou não sei mais para onde, mas não onde deveria estar, como os demais, explora o quanto essa estranheza fez por ele como literato, como poeta.

Nem sempre esse não estar de todo aí, que é o título da reflexão de Cortázar em “A volta ao dia em 80 mundos,” dá lugar à criação literária ou poética. Mas no caso dele, foi por esse corrimento, se assim posso me expressar, por essa sensação de não estar de todo aqui ou não ser verdadeiramente o que se esperava que ele fosse (isto é meu, não dele), que ele veio a se tornar quem foi. Quando li isto, senti um alivio bárbaro. Uma verdadeira sensação de consolo. Me vi refletido nele. E, ao partilhar meu escrito “Identidade” com pessoas amigas e da família, tive de volta um reflexo reforçador: essas pessoas de alguma maneira também sentiam que necessitaram, ao longo da sua vida, de um lugar para ser, de um lugar em si mesmos, que pudessem identificar com seu próprio eu. Hoje caminhava de tarde pela beira mar, como costumo fazer muitas vezes, e pensava se a questão seria a de se encontrar, a de finalmente dizer, cheguei, te peguei, você é eu, alcançando o nosso verdadeiro ser, coisa que duvido que possa vir a acontecer um dia, ou se a coisa seria, mais bem, a de dizer: agora sei quem sou. Agora me conheço. Ambas as coisas me pareciam tão coincidentes que pareciam uma só. Cheguei, sei quem sou. Uma coisa só. Andava pela beira mar, pessoas andando em uma e outra direção, os prédios de um lado, os coqueiros do outro, cachorros, crianças, tudo que é o cenário dessas horas da tarde quando todo mundo sai para passear um pouco, e pensava que estas reflexões iriam parecer uma cópia do texto de dias atrás, e pensava: pode ser, mas não tem nada não. O que é o que não se repete? Não se copia por copiar, mas para tentar encontrar algo a mais. Se encontrei ou não, você poderá dizer. Ou não.

domingo, 25 de dezembro de 2011

Identidade

Às vezes uma pessoa necessita de um lugar para ela mesma. Um lugar para si própria. Pode não ser um lugar grande, pode ser lugar pequeno. Basta ser um lugar onde ela possa ser. Creio que todo ser humano necessita um lugar para si, um lugar onde possamos ser nós mesmos. Pode não ser um lugar muito grande, nem muito visível. Pode ser um lugar bem pequenino, em lugares quase imperceptíveis. Mas é o lugar que necessitamos para viver, um lugar para ser. Como já tenho vivido um grande número de anos, à procura de mim mesmo, e não me acho, ou acho que não me acho ainda, e quando acho que estou para me achar, ocorre de outra vez ficar mais um pouco para lá, não sei bem aonde, mas um pouco ainda fora do lugar, e continuo tentando. Hoje veio esta certeza, de ser alguém que anda à procura de si mesmo. Talvez seja isto o que possa dizer de mim mesmo, que andei à procura durante muito tempo e ainda insisto. Ainda sei que vou me achar, ou ao menos vou tentar, vou continuar tentando em encontrar. Tenho um grande consolo em saber que Julio Cortázar, esse argentino sem fronteiras, andou à sua procura, e deixou um mapa, da mesma forma que John Lennon, e Gita Lazarte, e Mamina, e Juan Lazarte, e Jesus Cristo, todos e todas deixam mapas. Deixamos mapas para os que amamos, e seguimos à procura. Lembro de um escrito do Padre José Comblin, O Caminho, ensaio sobre o Seguimento de Jesus, a imagem que faz da mensagem de Jesus. Diz que a mensagem de Jesus é uma mensagem simples, e que essa simplicidade é para nós como a cidade no topo da montanha. Estamos sempre à procura, sem nunca a alcançar. Me parece ésta uma metáfora da condição humana. Estamos sempre como que quase a nos alcançar, quase nos pegando com as mãos, e de novo ficamos um pouco mais além, um pouco mais á esquerda ou mais á frente, em outro lugar. Julio Cortázar me redime. Ele diz que desde pequeno, soube ser alguém que estava onde não deveria estar, fora de lugar. Sinto isto de mim mesmo, desde que me conheço por gente, e ainda hoje, ou até hoje, ainda não sei a expressão certa, sinto ser alguém que anda por aí, alguém que tenta chegar e não consegue, que se aproxima mas não consegue de todo ser quem é, que está por chegar mas ainda falta. Um dia hei de chegar, acho. E nesse dia, gostaria de ver vocês por aqui.

sábado, 24 de dezembro de 2011

La tela en blanco


En el cuarto de abajo, hay una tela sin pintar. En ella he visto, diversas veces, flores como jazmines y hortensias, claveles y glisinas, rosas y margaritas. Y unas flores azulcitas y celestes, como en racimos, que se ven al final de la calle donde vivo. En la tela en banco veo muchas flores.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Yo tuve un sueño

Hoy pensaba en los sueños que tuve de joven. Cuando uno es joven tiene muchos sueños. La vida se asemeja a los sueños. La vida es sueño, dice Calderón de la Barca. Así que si sueñas, te asemejas a la vida. Hoy tuve, en un momento, la exacta sensación de que somos como mandalas caleidoscópicas. En ese sentido, sentí en ese momento, somos inmortales e infinitos. Sé que un día moriré, pues como dice Hermann Hesse, todo muere, todo gusta de morir. Pero no es la muerte física la que me preocupa, ya que es inevitable, o al menos parece serlo. Después de Saramago y sus Intermitencias de la muerte, ya no se sabe con certeza. Lo que sé que puedo evitar, lo que se puede y hay que evitar, es la muerte en vida, la muerte anterior, la que ocurre si dejas de soñar, si dejas de tener esperanzas, si dejas de amar. Entonces, seré inmortal, o puedo serlo. Depende de mí.

sábado, 17 de dezembro de 2011

Refletindo

Hoje acordei pensando em uma frase que é atribuída a Osho (Bhagwan Shree Rajneesh). Teria ele dito, ao ser perguntado acerca de quem fora o seu mestre, que cada pessoa que encontrou na vida, fora seu mestre. Hoje de manhã esta frase soou muito oportuna, pois estava pensando que necessito ser mais flexível, deixar a vida acontecer, deixar a vida me levar, como a água, que contorna as dificuldades, ao invés de se defrontar com os obstáculos de frente. Pensava que muitas vezes podemos ganhar mais fluência no viver, se nos deixamos levar pela vida, ao invés de fazer força numa ou noutra direção. Algumas atitudes automáticas enraizadas, perdem força desta maneira, e é como se o nosso existir ganhasse oxigênio. Não sei se isto ocorre com vocês, mas me parece que sempre algumas das nossas reações automáticas, sejam no pensar, no sentir ou no agir, são simplesmente hábitos cristalizados, que nada nos trazem de benéfico. Afrouxar esses automatismos, deixar a vida acontecer, pode ser uma forma de irmos ganhando mais flexibilidade, mais fluência. Uma espécie de paz, uma leveza, podem então vir a fazer parte da nossa vida. Coincidentemente, no final do dia, uma frase do Evangelho de Marcos, veio me chamar a atenção, sobre o fato de que cada dia tem o seu próprio afã. Não se preocupar com o amanha. Confiar.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

El Dr. Omar Lazarte presenta libro sobre su trayectoria académica, científica y docente

El 6 de diciembre de 2011, el Dr. Omar Lazarte presentó, en la Facultad de Ciencias Médicas de la Universidad Nacional de Cuyo, Mendoza, el libro de Fabiana Mastrángelo, intitulado "La creatividad y el sentido de la vida - Trayectoria académica, científica y docente del Dr. Omar Lazarte. El acto fue abierto por la vicedecana Alba Ortiz, y contó con la presencia de la autora del libro, Fabiana Mastrángelo; Lola Gómez de Pérez, que fue colaboradora del Dr. Lazarte de muchos años, co-autora con él, del libro "Siempre puedes elegir", y el filósofo Nolberto Espinosa. Estaban entre los asistentes, la hija del Dr. Alberto Culotta, nieta de José Ángel Culotta, citado por el Dr. Lazarte como ejemplo de amistad en el libro; y también el Dr. Benigno Gutiérrez, ex-alumno del Dr. Lazarte.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Ubicación

Hay días en que uno como que viene viniendo. Por momentos sientes que estás por llegar, o estás casi ya ocupando tu lugar. Ayer tuve la certeza de que esto estaba ocurriendo. Ví el vaso sobre la mesita de luz, el reflejo de la luz en el vidrio que la cubre, y me quedé quieto, como esperando. Entonces supe que estaba llegando. La vida pasa muy rápido, y cuando ya se ha vivido bastante, hayq que ir procesando los cambios, lo vivido. Es mucha vida, y esta procesamiento va ocurriendo mientras miras una película en la televisión, mientras piensas en el amor de la mujer que te ama, si eres hombre, como el que escribe estas cosas. Y esto justamente es lo que sentía esta tarde al ver Joe Wade, en la televisión. El amor de una muchachita que él encuentra en el camino, y la lleva en el auto. El amor es tan simple, tan profundo. Parece nada o muy poco, y es todo. No sé lo que puedas pensar que es el amor, pero yo te diré que para mí es todo. Al amor es lo que nos muestra lo que somos, lo que es la vida. Es tan entero, nos integra. Hoy me costó como que encajarme en el día. El día ya había empezado, ya había conversado un poco con mi papá, a quien estoy visitando, pero como que el día iba yendo y yo todavía no había llegado, estaba por llegar pero no llegaba del todo. Al ver la película, pensaba en mi esposa, cuánto conocí de mí mismo, de ella y del amor, desde que la conocí. Pensaba en mi más viejo amigo, alguien con quien converso aún en silencio. Muchas veces converso en silencio con este tan grande y antiguo amigo. Y hay cosas de uno que uno sólo las sabe en presencia de un buen amigo, o de la mujer que nos ama. Estas cosas empezaron a venir a mí esta tarde, al ver la película Joe Wade. Hablé con este amigo por teléfono, y supo que yo necesitaba hablar. Hablé con todos mis hijos e hijas, que son cuatro. Y hablé con cada uno de estos seres, como si fueran cuerdas de una guitarra que tocaran dentro mío. Los oigo y me oigo. Y ahora que la tarde ya va llegando al momento en que se empieza a transformar en noche, puedo decir que este día, ocho de diciembre de 2011, ha sido un día de encuentro, un día de llegar, un día de venir. Día de ir de a poco ocupando uno su lugar.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Regalos de Mendoza

Oyes el sonido de los pájaros nocturnos, como acunando el día que va a comenzar. En esta hora silenciosa, antiguos sentires se hacen presentes. Memorias pretéritas de tu vida, de tiempos en que el vivir era inexpugnable, inviolable en cualquier sentido, en que la vida corría como corre ahora, silenciosa e indetenible, hacia el presente, hacia la presencia, hacia lo que está aquí. Tiempos en que la vida era como es ahora, presencia. Tu tierra mendocina guarda estos regalos para tí, que fuiste fiel en el amor al lugar donde comenzó tu existencia. Ese anidarte en el lugar otiginal de tu vida, es volver a esa vida intocada que papita coo adormecida en cada ser. Todos pueden volver a ser niños, a volver a la juventud que es un tesoro del alma que no se pierde por nada. Estos días en Mendoza han traído para tí ese tesoro maravilloso, la vida primera, la vida original, el sentir primero. Has sentido los perfumes de tus calles, los cantos del agua en las acequias, los verdes de los árboles, el aire de la montaña que baja impregnado de olores de yuyos, las voces de la gente mendocina, tan peculiares. Te has como que anidado infinitas veces en ese silencio que te acoge, hecho de veredas y plazas, de álamos carolinos y piquillines, recuerdos de idas a la montaña en bicicleta, el club, el parque, el rosedal, los amores iniciales, amigas, amigos, fiestas, luchas, esperanzas, sueños, familia, canción, paz, y, por qué no decirlo, el tiempo de lo innombrable, de lo que no cabe en el juico de ninguna persona humana, el tiempo de la ignominia, la aberración y la mentira, del atropello a todo lo que es noble, generoso, justo, correcto y digno. El estiércol de donde brotaron las flores que ves por todas partes. Mendoza, buen día.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

¿Qué realidad?

Hay unos días en que te levantas y es como si te hubieras quedado en algún lugar del lado de los sueños, o en mundos imaginarios que no consigues evocar con precisión. Tratas de ir creando alguna sensación con el lado de acá, como si poniendo letras y formando palabras y frases, fueras capaz de ir dándole alguna forma a esto que está aquí, a este estar aquí esta mañana. Sabes que son intentos precarios. Todo parece precario esta mañana, como impregnado de alguna fragilidad indefinible, una como que irrealidad imposible de ser definida adecuadamente. La realidad es extraña, y ahora, en este mismo instante en que escribes estas cosas, es como si alguna punta de este mundo, una del lado de allá y otra del lado de acá, empezaran a juntarse, empezaran a querer coser juntas algo en común esta mañana. Los recuerdos de ayer, el fuerte Santa Catarina, aquella pared de piedra bajando, sombreada, hacia el suelo, mientras el sol escaldante de la mañana de ayer, mientras las paredes amuralladas y los cañones, como que evocaran otros tiempos en ti, tiempos que no sabes cómo situar o que lugar tienen en tu memoria o en la memoria de la ciudad. Hoy esa muralla bajando hacia el suelo, con plantas creciendo en las grietas, los cañones apuntando a algún lugar a lo lejos, la ciudad con sus sones de día feriado, todo como que llamándote a un tiempo pretérito o aún por venir, o un tiempo en que el tiempo hubiera refluido sobre sí mismo, el tiempo de esta mañana. Ya vas dejando las teclas, el mágico ritual de ir construyendo hilos de unidad entre las partes que forman el todo. Los sonidos del día de hoy, el recuerdo de ella saliendo a la Universidad en el auto, su rostro, todos sus rostros desde el día que la conociste, sus manos, su modo de ser, ya tan entrañado en el tuyo que parecen ser un solo ser. ¿Y no son? O ¿qué es el amor? ¿No es acaso esta dilución de fronteras, este no saber dónde está el límite tuyo y dónde el de ella, donde termina uno y comienza la otra? ¿Dónde empieza João Pessoa y dónde termina Mendoza? Dónde del dónde. Recuerdas el largo poema de Julio Cortázar, y te preguntas, como tantas veces te has preguntado, dónde va la gente cuando muere. Qué es esto que está aquí, tú y todo esto que te rodea, los sonidos de la construcción vecina, los ladridos del perro de al lado, los recuerdos de ayer en la Cidade Verde, todo esto que está aquí. Aquí pero dónde. Aquí. Parece que algo hubiera quedado inconcluso, pero qué es lo que está concluido, si todo es un ir tejiéndose y destejiéndose tú y todo lo que te rodea. Ya no sabes más qué letra dejar caer, qué palabra ver dibujar delante de ti, en este renglón que parece ir adentrándose del lado de allá de la hoja, una hoja que empieza a querer volar como buscando un lugar en otro lugar, lejos de aquí, o aquí mismo, no lo sabes. Y quién sabe alguna cosa, a no ser nada saber. Quién sabe. Quien sabe calla y quien no sabe habla, dice un libro antiguo. Entonces, dejas la hoja volar.

sábado, 12 de novembro de 2011

Dios es un intento

Dios es un intento. Me gustaria compartir algunas reflexiones sobre esto, pero no desde un punto de vista teológico o intelectual, sino vivencial. Digo que Dios es una tentativa, pues vengo tratando de encontrarlo desde hace años, sea bajo la forma de Jesus, o de la Divina Madre, o aún de Dios padre. Cuando hablo de Dios, me refiero a la trama fina del universo, a lo que constituye la totalidad de la vida, la Unidad de todo lo que existe. No descarto su existencia de otros modos, pues en definitiva considero que Dios en ese sentido, seguirá siendo siempre para mí un misterio, una gran interrogación. Pero cuando me refiero a Dios como la rama profunda y esencial de la vida, de todo lo que existe, de Dios como el encaje perfecto de todas las cosas y personas, de todos los seres y ritmos, de todo lo que existe en todas sus formas y estados, tal vez me esté acercando no ya a una idea, sino a una práctica de Dios, a su vivencia en la vida diaria, en la vida de todos los días, la vida que estoy viviendo. Esta es una sensación que se ha manifestado en mi vida en varias oportunidades, de distintas formas, pero que en los últimos días ha venido como que encajándose en mi percepción y mi vivencia, de una manera más evidente y sensible. Creo que nada ocurre por acaso, que todo está relacionado, y esta comprensión, que por mucho tiempo me atrajo desde un punto de vista racional o intelectual, últimamente se ha ido haciendo evidente por sí misma, en un encaje perfecto de todo lo que me ocurre, todo lo que siento que le ocurre a la gente a mi alrededor, aún a las personas que no conozco. Me gusta compartir esto, que es una vivencia simple pero muy hermosa, con quien pueda leer estas líneas, pues creo que mucha gente se interesa en la vivencia de Dios. No puedo saber si esta vivencia me está siendo dada como una gracia pura, o si ella es consecuencia de acciones u oraciones de parte mía: esto no me cabe juzgar ni tratar de entender. Comencé estas líneas diciendo que Dios es un intento, y me tranquiliza saber que, sea por la gracia o por nuestro esfuerzo personal, es posible alcanzarlo, vivir en su órbita, encajar nuestra vida en su plan. Esto me remite a lecturas y experiencias de mi juventud, especialmente a un librito que hizo mucho por mí, y que volví a leer hace algunos años, y siegue siendo un compañero inseparable. Me refiero a En las horas de meditación, de F. J. Alexander , y a otros dos que me acompañan también desde mis años juveniles: El Evangelio de San Lucas, y La Imitación de Cristo. Me parece que debo dejar por aquí estas reflexiones, esperando que puedan servir a quien las lea, en su propia búsqueda, en su propio intento por vivir Dios, por vivir en Dios, por ser Dios, en el sentido profundo y claro con que me estoy refiriendo a esto aquí, o sea. Vivir en la armonía, en el encaje perfecto de la vida y de todas las cosas, los tiempos y los ritmos.

domingo, 6 de novembro de 2011

Estado literario

Hay días en que estás como que en un estado letárgico, podríamos decir. No es bien la expresión correcta, pero por ahora la vamos a dejar como está. Es como si estuvieras solamente en parte del lado de acá, del lado de la llamada realidad concreta, que de concreta no tiene nada o casi nada. Pues es eso justamente, en esos días, estás más del lado literario de la existencia, del lado de los libros y de las historias que has leído, de los autores cuyos mundos has aprendido a habitar, mundos que te han cautivado, palabras en las que has aprendido a vivir. Esos días y esos momentos, son como que llamados del mundo real en que vives, el mundo fantástico que es, ese sí, verdadero y concreto para ti, el mundo literario. En esas horas, estás no estando del lado de acá, estás en estado literario. Como que el mundo cotidiano se hace casi translúcido, una opacidad lo cubre, lo torna irreal, pero sigues estando aquí, un poco translúcido tú también, como que en alguna de esas páginas que habitas, en algunas de esas historias y casas y paisajes donde has aprendido a vivir. El estado literario es como que una protección, una habitación, un capullo de seda donde te envuelves y permaneces por horas al hilo, días enteros, a veces meses años, tal vez toda tu vida o buena parte de ella hayas estado allí, hayas estado así, en estado literario.

domingo, 30 de outubro de 2011

Livros

Os escritos, a literatura, são um lugar de acolhimento. Tenho dito isto várias vezes, de diversas maneiras, mas não é a pretensão de estar dizendo algo novo o que me move, neste momento, a escrever estas linhas. É mais o desejo de mais uma vez, repetir o mesmo já dito: a literatura, os livros, são portas para mundos que ampliam e acolhem. Um livro à sua frente é uma porta. Uma porta se abre na sua frente, e outra se fecha atrás de você. Muitas vezes necessitamos um refúgio, um refluir, um voltar a lugares de paz, sem conflitos, sem agressões. Pura harmonia. Nessas horas, um bom livro é um companheiro insubstituível. E não me refiro especialmente a livros de reflexões ou interpretações, e sim, mais, à pura literatura, ao puro convite de um escritor, a visitar, a viver no mundo dele, dela. Quantas vezes necessitamos, e com o passar dos anos cada vez mais, nos emparentarmos com o que é essencial, o que não morre, aquilo que permanece a pesar de todas as mudanças. Um livro é um lugar onde você pode estar em boa companhia. Uma história que o leve por outros lugares, que o acolha em outras casas, em outras paisagens e ambientes. Lugares com gente ou solitários, não importa. Flores ou cactus, montanhas ou rios, mares ou céus. Você estará em boa companhia, com um bom livro na sua mão, perto de você.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Mendoza

¿Qué podrías llegar a escribir una tarde como ésta? ¿Qué podrías decir, si una parte tuya todavía anda por ahí, todavía viene llegando de Mendoza al pie de los Andes, si una parte de vos mismo todavía anda por esas verdeas con perfume de paraísos, si una parte tuya todavía se embeleza con el parque general San Martín y el rosedal, la fuente de los cinco continentes, la peatonal, la plaza Independencia con sus postes y sus árboles? Vendrás un día, pero ahora, en este mismo instante en que escribes estas cosas, solamente puedes testimoniar que en una tarde como ésta, exactamente esta tarde y a esta hora, la recuerdas a ella, su recuerdo viene a ti como una fuerza interior de amor, y apenas puedes decir a quien esto lea, que el amor es la única cosa que vale la pena. No crees haber dicho algo que tus lectores no sepan, pero tenías necesidad de decirlo y lo has dicho.

domingo, 9 de outubro de 2011

Recomienzo

Hay días en que pondrías una palabra en la hoja, como si ese mero hecho pudiera traerte de nuevo a aquél estado de paz en que te encontrabas hace tan poco tiempo. Como si alguna palabra, o el mero hecho de escribir, como ha venido ocurriendo ya tantas veces a lo largo de los años, pudiera devolverte a ti mismo, a esa parte profunda de tu ser en la que todo está como debería ser. De algún modo ya ocurrió, pues al escribir, vuelves a ese lugar sin tiempo, sin apuros ni expectativas, diría, donde todo es una sola cosa, todo está reunido. El día ya comenzó, el canto de un pájaro cercano arrulla la luz del sol que de a poco va iluminando todas las cosas y a ti mismo que llegas otra vez a la vida. Cómo es tan simple, escribes, vuelves, todo recomienza.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Del no estar del todo aquí

Ayer a la tarde pasé un par de horas o más, en el mundo de Cortázar, mejor dicho, en ese mundo en que uno puede estar si se deja llevar por los escritos de Julio Cortázar. Creo que empecé con alguno de sus escritos de La vuelta al día en 80 mundos, donde empieza haciendo una especia de cronología de su infancia, del registro de haber sido y continuar siendo alguien no del todo aquí. De esa extrañeza, de esa especie de alienación, de ese hecho de haber constatado desde pequeño que no era alguien que estuviera del todo donde debería estar, o que no era del todo como se supone que debería ser, sino alguien un poco más a la izquierda, o un poco más allá o más acá (más bien más allá), a partir de esa constatación de lo que dio lugar en su vida a la literatura y a la poesía, en particular, Cortázar fue tejiendo un escrito bien suyo, de esos que de apoco te van mostrando tu propia extrañeza, tu propio no ser del todo de aquí título por lo demás, de mi primer escrito en São Paulo, en aquella revista mimeografiada que editaba un tal Horacio. Y en ese clima en el que de a poco uno se va despegando de lo cotidiano, de esa excesiva familiaridad con todo lo que te rodea, con las personas y las cosas, como quien no quiere la cosa, me fui dejando llevar hacia allá, o hacia acá, pues aquí estaba yo, releyendo algunos trechos de La vuelta al día en 80 mundos y en ellos espejándome, espejando alguna parte mía que tampoco está, nunca estuvo del todo aquí. Lo que quería decir, y tal vez ya lo haya dicho y apenas esté una vez más repitiéndolo, es que ayer a la tarde, mejor dicho entre el comienzo de la noche y el fin de la tarde, me dejé llevar por los escritos de Julio Cortázar en La vuelta al día en 80 mundos, en que el escritor me fue llevando o trayendo (ya no sé más) a este lugar donde uno no está del todo, y por esa especie de corrimiento o desplazamiento la poesía viene, la poesía está, la literatura es posible. Escribí, mientras leía Cortázar, una anotación llamada La literatura me salva de la inutilidad. Era como que el cierre, el broche de oro de una tarde y una noche que estaba apenas comenzando. Las disquisiciones de Cortázar sobre la irrealidad del llamado mundo objetivo son una puerta al más allá que es esto, esto que está aquí.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Escribiendo

De pronto estás otra vez delante de la hoja. Es como un ritual, ya muy antiguo. El día está anidado en algún lado, como preparándose para llegar. El sol ha de estar acurrucado quién sabe adónde, esperando la hora de llegar. Y en estas horas previas al día que se prepara, también tú te vas preparando, vas dejando que las letras vayan bajando a la hoja, una a una, como gotas. Escribir es ponerse en orden, ordenarse, organizarse, ordenarse. Lo repites pues es eso y no hay anda de malo en repetir. ¿No se repite el sol todos los días, saliendo casi por el mismo lugar si bien que de diversos modos y con colores que cambian? ¿No se repiten la luna y las estrellas todas las noches saliendo a iluminar la jornada en el cielo, suspendidas en el infinito? Todo se repite y tú repites este ritual cotidiano que desde hace años se procesa como por sí mismo, contigo como auxiliar. Ayudas las letras a bajar, a ir formando palabras, y muchas veces te sorprendes y te alegras con lo que se va formando en el papel.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Estar así

Hay unos días en que estás así como ahora. No sabes bien cómo, pero es más o menos como si el día hubiera empezado y tu vienes llegando, vienes viniendo de alguna parte, de algún lugar donde has estado en tus sueños, o donde has estado con tu imaginación. La vida es un lugar imaginario. Esto lo sabes. Pero en estos viajes donde vas de aquí para allá, donde anoche te encontraste con unas hojas sueltas, con unas memorias que te recuerdan que eres memoria, vas y vienes, vas y vienes no sé cuantas veces, y a veces, como ahora, estás sin saber si estás verdaderamente. Estás sin saber dónde estás, y sin saber si estás del todo aquí, o qué es esto, que es estar aquí. Qué podría llegar a ser estar aquí esta mañana que ya se va acercando al mediodía, y toda tu tarea parece estar siendo ésta, la de tratar de poner en esta hoja, en estas líneas, en este mismo renglón que escribes y lees ahora, algo que tratas de atrapar, tratas de traer pero viene y no viene, viene y se va.

sábado, 1 de outubro de 2011

Andanza

Hay días en que estás aquí, no estando. Tu alma anda entre las estrellas, buscando seres que amaste y amas. O talvez, en lugares donde estuviste, gente que conociste, momentos. O quién sabe, andarás por tu Mendoza querida, tu Godoy Cruz natal. Andas por ahí, no estás aqui, estando.

domingo, 25 de setembro de 2011

Há uma espécie de silêncio

Há uns estados internos que gostarias de partilhar. De repente, é como se apenas o silêncio fosse capaz de os trazer a tona. Como se somente esse silêncio em que te envolves, mesmo no meio às atividades do dia a dia, esse mesmo silencio é que diz alguma coisa, para ti e para os que amas, para as pessoas com quem gostarias de partilhar. A comunicação com um amigo da vida toda, com o teu mais antigo amigo, te traz outra vez estes estados. É como se de pronto, calasse algo em ti, uma sobre-exigência, esse Hitler interno de que Adalberto te falara, e apenas o silêncio pudesse te conter, pudesse te acolher por completo, no meio do teu dia a dia, no meio da vida de todas as horas, esta vida que se renova quando numa tarde como ésta que chega ao fim, dizes estas coisas. Não precisas fazer mais nada, já tudo está, em ti mesmo e lá fora, é tudo um, tu e a vida, que te leva, te guarda, te diz coisas, no silêncio da tarde que vai virando noite.

sábado, 24 de setembro de 2011

Aprendizaje

En mis tiempos de profesor, les decía a mis alumnos que escribieran, que llevaran un diario, que contaran lo que les pasaba, lo que les gustaría poder compartir con alguien, que lo compartieran consigo mismos. No sé si muchos de ellos lo hicieron, pero yo lo hice. Empecé a escribir y no dejé de hacerlo. Y hoy, que una vez más junto esas hojas, esos breves relatos de lo cotidiano, recibo como que un mensaje de mí mismo, del tiempo que fue pasando y fue quedando en esas hojas que ahora se juntan. Me voy juntando a medida que ellas van pasando otra vez por mi mente. Es como que lo que allí fue quedando registrado, viene otra vez a la conciencia, y uno se alimenta de todo ese tiempo destilado por los días. Ahora que escribo esto, me doy cuenta de cuánto se aprende de uno mismo, de ese que uno fue siendo a lo largo del tiempo. Se evita el tedio de pensar que nada cambia, que todo fue de una cierta forma y será siempre igual. Nada es siempre de la misma forma, ni nada será siempre igual. Todo cambia y uno también. Hoy como que miro toda esa vida que fue pasando a lo largo de mi vida, a lo largo de los años y de los lugares, de las personas y de las experiencias. Veo los paisajes, las calles y caminos, las plazas y montañas, los lagos y nubes, todo lo que me tocó vivir. Veo y recibo los mensajes de todo ese tiempo que me tocó vivir. Sigo escribiendo aún cuando ya haya dicho lo que tenía que decir. Uno descubre un lugar nuevo, lugares nuevos, cada vez que escribe. Visita lugares antiguos, que ya se habían como que perdido en la memoria del tiempo pasado, pero que vuelven una vez más cuando la palabra va viniendo, cuando los recuerdos van llegando otra vez, renovados. La vida es recuerdo, re-cordar, como dice Eduardo Galeano, traer de nuevo al corazón. Y no hay apuro ni hay énfasis en llegar no sé adónde. Llegar aquí es la tarea, y uno viene viniendo, vengo viniendo y sé que estoy llegando, llegaré un día, sí, sé que llegaré aquí, al lugar donde estoy. Ese es el destino, llegar. Uno aprende mucho de uno mismo, y es importante valorizarse, para no andar tanto atrás de los demás, como un eterno mendigo de afectos y palabras. Uno puede aprender mucho si le da un tiempo y una importancia a cada segundo. Entonces la alimentación es continua y constante. Aprendizaje.

domingo, 18 de setembro de 2011

"REVERSIBILIDADE DE VALORES. Onde a luz e o som se encontram," por Ramón Pascual Muñoz Soler


Hoje o homem pergunta pelo cosmos,
mas, sincronicamente, o cosmos pergunta pelo homem.

Há uma fronteira difícil de cruzar!

Por fora vamos à conquista de estrelas longínquas,
por dentro desembocamos na angústia existencial
e na perda de sentido.

O astronauta é só o prelúdio do homem cósmico.

Já temos um cérebro eletrônico,
falta-nos um coração atômico.
Temos os frutos da árvore do conhecimento.
Falta-nos a seiva d árvore da vida.

Qual é o maior perigo que nos ameaça?

Ficar detidos no tempo,
nos resíduos da memória,
nas cristalizações da vida.

A investigação científica de vanguarda se orienta hoje para a busca
das raízes do tempo. Mas, à medida que avançamos nessa direção,
encontramo-nos com os limites do conhecimento:
uma fronteira difícil de cruzar.

Desafio co-evolutivo!

A humanidade já está cruzando esta barreira perigosa, mas não pelo
caminho da especulação filosófica, da teoria científica,
do dogma religioso ou da guerra nas estrelas,
mas em função de um novo sacrifício.

Guerra arquetípica em escala planetária, sacrifício cotidiano dos inocentes!

O homem cósmico já asceu,
faz falta uma ciência que o explique.

Quando falamos de reversibilidade de valores,
referimo-nos à chave simbólica
--energ-ética -- com a qual se anuncia a mensagem
de um novo signo do tempo.


Ramón Pascual Muñoz Soler (19 de junho de 1919, Moldes, Córdoba - 25 de novembro de 1999, Buenos Aires) foi um pensador e profeta argentino, cientista e antecipador, cujas idéias continuam sendo um desafio para quem tenta compreender para onde vai a humanidade nos tempos atuais.

Autor de vasta obra, Muñoz Soler nos deixou não apenas os seus escritos, gestados em uma tenaz luta contra a limitação do pensar do seu tempo, que corajosamente enfrentou, abrindo brechas para uma nova forma de compreender e de ser humano, mas, sobre tudo, um tom, um toque, um sentimento de amor, que continua a nos iluminar o meio das trevas desta época obscura.

O livro que agora vê a luz em edição brasileira, foi publicado pela Editora de Cultura Espiritual, de São Paulo, SP.

Preço: 20 R$ (frete incluso)

Pedidos: kellybugliani@yahoo.com.br (Kelly)

sábado, 17 de setembro de 2011

Un nuevo amanecer

De pronto es como un nuevo amanecer dentro tuyo. Un volver a empezar. Las palabras talvez no consigan decirlo con exactitud, pero es lo que sientes, un nuevo amanecer dentro tuyo, un comenzar de nuevo, de cero.

domingo, 14 de agosto de 2011

Lugar, habitar

Una noción clave para lo humano, es la del lugar, la del habitar. Es necesario tener un lugar adónde ir, dice el I Ching en alguno de sus hexagramas. Tener un lugar adónde ir. ¿Qué es tener un lugar adónde ir? Es un lugar donde puedas habitar, donde puedas ser vos mismo. ¿Qué lugar es ese donde uno puede ser uno mismo? Hoy pensaba que uno debe estar en el lugar que le cabe, el lugar que le corresponde. Pero ¿cuál es el lugar que me cabe, y cuál el lugar que me corresponde? Muchas veces pensamos que son lugares fijos, y talvez lo sean, pero en movimiento.

Un lugar del que nadie puede faltar, es en uno mismo. Yo no puedo estar fuera de mi. Y ¿cuál es mi lugar? Es una eterna búsqueda. Es un lugar donde yo pueda ser yo mismo, ya lo dijimos más arriba. Es un lugar que he de buscar mientras viva. Ya parece allí, ya aqui, ya más allá. Y en esa eterna búsqueda, me voy encontrando, voy siendo cada vez más yo mismo, voy siendo cada vez más esse lugar móvil y fijo, un lugar que se mueve y está quieto, que es y deja de ser a cada instante, como la vida que pasa, que pulsa, que es y deja de ser a todo instante.

Cromatopoiesis

Ayer a la tarde senti necesidad de encontrar el amarillo y pintar de amarillo. Después de haber encontrado el amarillo y haber pintado de amarillo, vino el rojo. Pero esto fue ya a la noche. El rojo vino después del amarillo. Hoy pinté una parte de la tela de ayer, que estaba en amarillo, de rojo, a los costados. Quedó como un sol amarillo en un fondo rojo. La llegada del rojo después del amarillo, me llevó a algunas cavilaciones, ayer a la noche. Rojo es el color del chakra fundamental, el chakra básico, la lucha por la vida. Naranja, vino a mi mente entonces. Naranja es el color que surge de mezclarse el rojo con el amarillo. Em fin, subiendo por los chakras, llegando al corazón, verde-rosa, subiendo hasta la garganta, azul eléctico, el entrecejo o tercer ojo, índigo, y al tope de la cabeza, el violeta o lila, el color de la espiritualidad, del contacto con Dios. Así se cierra el ser humano como un arco-iris, como una escala cromática. Viendo estos colores pensaba cómo es tenue el ser humano. Es un color. Una luz. Esto es asi en las visiones tolteca (México), reikiana (Japón, China) y de la India. Luces, somos luces, colores. Esto parece desafiar las concepciones intelectualistas a las que estamos acostumbrados, las definiciones de un cierto cientificismo. Pero puede ser interesante que uno trate de verse como color, como luz, y de ver a los demás como luz, color.

sábado, 13 de agosto de 2011

De vuelta

Hacía tiempo que no me dedicaba al mágico ritual de ordenar palabras en las líneas. Algunas puertas se habían cerrado. Una rendija quedaba abierta y por ahí decidí una madrugada, volver a escribir. Una ranura por donde encontrar un tiempo para comunicarse. Un carretel donde empezar otra vez la tarea de rebobinar el hilo de la vida.

Dom Fragoso había partido el 12 de agosto de 2006. El regreso a su casa, encontrar su rostro y su presencia en los corredores y en el jardín y en los alrededores del barrio de José Américo en João Pessoa, eran como la señal de la hora de reconstruir ese espejo minúsculo. Esa red de reflejo y de esfuerzo con que la salud mental comunitaria se hace y se rehace al margen de la prensa, en esa infinita tarea de darse las manos jóvenes y viejos, misioneras y gente de la comunidad, militantes religiosos y universitarios.

Buscar un lugar en la hoja. Recomponer tu lugar en el mundo. Pegar los pedazos del espejo y descubrir que aún en tu segundo lustro hay un espacio para vos. Después de Bariloche y Mendoza, Puerto Varas y Buenos Aires. Y la voz de Leo que acabas de oír. Ese ser extranjero. Ese buscar por los bordes un espacio entre los demás y un lugar en ti mismo al mismo tiempo. Un vacío en la familia ampliada y en el mundo institucional y cotidiano que llenaba la presencia de ella. Sí. Volverías. Una vez más volverías a recorrer los renglones del cuaderno amarillo en medio de los sones de la noche. El mate volvía a la mesa y el mundo se hacía mayor. En Consciência habría un lugar. En alguna hoja marginal unos ojos volverían a buscar esas rendijas del hombre de arena que se rehace. En medio del fresco marítimo y vegetal que pronto cedería lugar al tórrido sol de João Pessoa, el lugar donde el sol nace primero. Como si el mundo tuviera un comienzo y retiraras la casa de la lista de inmuebles en venta. Hay lugar para todo.

También para este reencuentro con el son del primer ómnibus de la mañana solitario que pasa con su hilera de luces recorriendo la oscuridad. Ronronea la heladera. La mesa mandálica es un disco de recuperación de memoria y no le temes a la anormalidad, a la enfermedad. Atreverte a comenzar otra vez. Hay un mosaico dormido esperando una editora. Esperando una aurora que lo pase de mano en mano, de nido en nido, como pájaros casi invisibles que te dicen que llueve. Y el jardín abandonado agradece las veces que la manguera del cielo se abre generosa y es tiempo de oler a la tierra mojada. Te preguntarías otra vez si la vida acaba en la muerte. Si toda la esperanza hecha hilitos que tejen redes, merece brillar a la luz del día como una inmensa telaraña multicolor, como un arco iris multiplicado hasta lo invisible y entonces te dices que sí. A ver si la vida tiene continuidad en otro ladrillo de cristal.. Y sabrías que el lugar junto a María tendría que ser un lugar contigo. Un lugar con las presencias y ausencias y pendencias y miedos y escapes y caminadas al borde del mar que eres tú mismo. Con esas bibliotecas en lugares que no alcanzas. Y vecinos barullentos que te impiden todo descanso. Dejas que el mate cumpla su milagro y en medio de la indolencia y la inspiración recuerdas los ojos de sol de tu hermano en Brasilia. Pedras de fogo.

El sino dos ventos lame el viento y Vargas Llosa espera el paraíso en la otra esquina en la mesa sin esquinas entonces sabes que puedes. ¿Quién vendría a buscar, peregrinando, estos manuscritos, para echarlos a volar? Hoy no sé qué santo es pero sé que todos los santos son pecadores. Negar la sensualidad es negar el erotismo. Negar lo que diosas y dioses sembraron por doquier. Por eso los amo. Por contradictorios. Por semejantes a esa cosa multiplicada que Dom Fragoso llamaba la utopía de Dios y que se llama hombre. Hombre-mujer. El proyecto humano. Y qué importan los cumpleaños olvidados. Y unas pastillas más para recomponer el equilibrio inestable de que estás hecho. Eu vi, meninos. Yo viví. A palabra não significa nada para você. Soy maestro reiki. En busca del maestro interior.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Libros

Mi forma preferida de tomarme vacaciones son los libros. No sé si esto te pueda quedar claro, pero es así. Cuando el mundo alrededor me empieza e enfermar, abro un libro y leo. Muchas veces el libro no está a mi alcance, entonces simplemente me voy a su historia, me voy al libro sin el libro, no sé si me explico. Ahora, por ejemplo, en que circunstancias que no viene al caso nombrar, como el posible cambio de casa, o las expectativas por acciones sociales de gran impacto, me empiezan a atormentar la cabeza, agarro un libro de Machado de Assis, Historias sem data, Helena, Quincas Borba, y me voy. Como es un mundo que frecuento desde hace muchísmos años, puedo decir con certeza, que para mi es mucho más real lo que hay en las páginas de los libros, que lo que está del lado de acá.

Del lado de acá muchas veces hay cosas deplorabilísimas, que a uno le gustaría nunca haber sabido que existían. Del lado de allá, en el libro, están esos mundos maravillosos, crepusculares, que para mí siempre son mucho más reales que esta llamada realidad que de real no tiene nada, es solo fictícia. Ahora, por ejemplo, esta mañana que ya se va acercando al mediodía, ya va llegando el momento e que la mañana se hará tarde, pienso en La ciudad perdida de Marte, de Bradbury, en el libro de Howard Phillips Lovecraft, En las montañas de la locura, en las Historias Extraordinárias de Edgard Allan Poe, en los escritos de Heine, de Hesse, de Cortázar, Saramago, Borges, Lya Luft, Isabelle Ludovico, Gita Lazarte. Vivo allí, allí encuentro mi ser, recuperado de tanta dispersión, de tanta ruptura y fragmentación, allí recupero la unidad de mi ser. Son las vacaciones permanentes del espíritu, que alli respira, allí encuentra como esta mañana en el mar, el sol y el agua, el viento, el calor, la arena, la unidad de la vida.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Pregunta

Después de tantos años

Todavía no sabemos

Lo que es un ser humano

quarta-feira, 6 de julho de 2011

El hombre duplicado

A leitura do livro de Jose Saramago O homem duplicado, está provando ser uma experiência para lá de interessante. O encontro de um homem com o seu duplo é um tema fascinante. O duplo é o mesmo. Borges. Eu sou esse duplicado que anda por aí, esse eu que não sou eu e que anda por aí dizendo ser eu mesmo. É o tema da identidade. Do ser eu quem digo ser. Mas quer eu diga ou não ser quem eu acho ser, pouco estarei sabendo a mais sobre mim mesmo, e é disto que se trata. O ser que eu sou, que se espelha em todos com quem me encontro. Borges outra vez: los miles de reflejos que entre los dos crepúsculos del dia, tu rostro fue dejando en los espejos, y los que irá dejando todavía.

El descubrimiento del ser que soy, y que es o puede ser una réplica de alguien que anda por ahí. De un Julio Cortázar cronopio y fama. ¿Cuántos he sido, cuántos seré? A veces tienes un vislumbre, una certeza casi clara. Una evidencia tangible de que eres ese ser que se multiplica y se reúne cada vez que se dispersa. La experiencia de leer El hombre duplicado de José Saramago está siendo la experiencia de ser Saramago en la hora en que lees ese libro escrito por ti mismo. Eres Saramago.

domingo, 3 de julho de 2011

Romance

Sueño con escribir un romance. Talvez el sueño sea más con estar escribiendo un romance. Eso mismo: sueño que escribo un romance. Que tengo un cuaderno donde voy escribiendo de a poço o de a mucho, como un tejido contínuo, sin comienzo ni fin. Un lugar donde pudiera ir escribiendo cada cosa que me viniera a la cabeza. Ir montando un rompecabezas inmenso. Poniéndole forma literária a lo que está allí, a lo que me rodea, a esa realidad infnita de la que todos formamos parte.

Ahora siento la luz de la tarde en los ojos, la música próxima, voces vecinas, el gemido de un bebé, el canto de un pájaro. El tejido de la vida. No sé si escribiría un romance al modo tradicional. Talvez ésta sea mi forma de traer la vida al papel, a tus ojos, a tus anteojos. Ir dejando que la vida venga. La gente, el clima, los pájaros, el tiempo que pasa y no vuelve, esta tarde de domingo.

sábado, 2 de julho de 2011

Melodía

Bajan las palabras como gotas, como la lluvia que esta terde, con su sonido plicploquante, suena como un piano infinito. Escuchas los sonidos del agua, ves las palabras apareciendo, y en esta tarde de lluvia, sientes algo muy antiguo a que perteneces envolviéndote, conteniéndote, es un capulllo. Oyes otros sonidos, y el agua, las palabras, la música a lo lejos, son como una melodia que te recoge al origen. Una tarde así estás como contenido en el tiempo, en la casa, en el fluir de las horas que pasan. Sos uno con lo que ocurre, aún con las pequeñas inconveniencias de lo cotidiano. Todo se armoniza en la música de la lluvia y las palabras, en el sonido de la vida que pulsa.

sábado, 25 de junho de 2011

El presente, la realidad

Recuerdo cierto poema en que Fernando Pessoa dice que a él lo que le interesa es la realidad, no el presente. Jorge Luis Borges, en su poema “El despertar”, describe la llegada de nuestra conciencia a esto que está aquí, a lo que vemos cuando despertamos, como un venir del sueño al sueño compartido. Estas dos referencias me parecen convenientes para comenzar estas breves reflexiones. Hoy pensaba que el presente es la eternidad, o puede ser lo eterno. Si uno puede estar presente, cuando uno está presente, todo lo que uno vive, lo que Jesús llama el Reino de Dios, ese vivir en el presente, ese estar aquí en el lugar donde estoy, viendo lo que veo, sintiendo lo que siento, y haciendo lo que hago, es el propio paraíso, es el regalo de Dios.

Cuando uno piensa que la realidad es el presente, o si uno puede llegar a estar presente en el momento, la realidad nos incluye por completo. En ese caso, la realidad es el presente, o el presente, la actitud de presencia, es una puerta o un pre-requisito para que estemos en la realidad, para que nos percibamos como parte de ella.

Ocurre que hay algunos obstáculos, que Julio Cortázar describe en unos de sus cuentos en Historias de Cronopios y de Famas, llamado “Manual de instrucciones”. El autor describe que en un momento, después de que uno ha despertado y ha encontrado las cosas que están aquí, sale a la calle y encuentra la calle, pero no la calle pensada, sino la calle. Esto me da la clave de lo que quiero decir ahora: No la calle pensada, sino la calle.

Cortázar coincide con Borges en esto: lo que está aquí, es lo que está aquí, no lo que pienso que está aquí. Aunque sea un sueño, en el poema de Borges, un sueño compartido, es el presente. Si es un sueño, el sueño compartido, es una realidad. No sé si es “la” realidad, pero sí una realidad. Y a esto es a lo que quería llegar, o una de las cosas que quería compartir en este momento: Es posible estar aquí, hacerse cargo de lo que significa estar vivo, estar respirando, penando, viendo, sintiendo, sabiendo que hay algunas horas o algunos días o muchos días o muchas horas por vivir, hacerse cargo de lo que significa esta en un cuerpo, recordar, pensar, proyectar, trabajar, soñar, amar.

Estar aquí, recibir con todo lo que es estar vivo, puede ser ya no, entonces, una puerta para la realidad, pero sí la realidad misma. Depende de un estado de atención, de un estado de relajamiento, de un abandono o reducción de mis expectativas, mis prejuicios, mis ideas hechas, que muchas veces ocupan el lugar de lo que está aquí, bloqueando el acceso a la realidad, al presente, al sueño compartido, al reino de Dios.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Fluyendo

Hay días que te levantas así, como queriendo jugar con la vida, queriendo jugar con ese tu modo de creer que las cosas son de varias maneras al mismo tiempo, con esa tu forma de ser, que parece ser confusa pero es tan traslúcida como el agua de la fuente.

El día va yendo, y vos te vas dejando llevar por el día, dejándote llevar por la vida, a veces agarrando el timón y queriendo ir hacia la orilla o hacia el horizonte, o bien como ahora, dejando que las letras vayan viniendo y tú, como un niño, viendo a ver qué viene.

sábado, 11 de junho de 2011

Presencia

En estos últimos dias, he venido reflexionando sobre algunas cosas que me parece necesario compartir. Una de ellas, el silencio, otra, la presencia. Están estrechamante conectadas, pero las he de comentar por separado, hasta que se vayan produciendo los puntos de interconexión por si mismos. Es como ir dejando un tejido irse formando. ¿Le has dado una oportunidad al silencio en tu vida? ¿Qué es el silencio? ¿Qué es darle una posibilidad al silencio? ¿Se puede vivir en silencio? ¿Qué es vivir en silencio, o darle una oportunidad al silencio?

Ayer a la tarde tuve la oportunidad de entrar por unos momentos, en realidad por más de una hora, en el silencio. Estaba esperando en la sala de espera de la dentista, y en vez de preocuparme con “qué haría” en ese tiempo de espera, me puse a hojear un librito que me acompaña desde hace muchos años, desde los 18 años, para ser bien preciso. Es la Imitación de Cristo, pero no te preocupes que no voy a hacer propaganda religiosa, apenas estoy comentando una experiencia. Abrí en un capítulo donde habla de la necesidad de la soledad y del recogimiento, del silencio interior, de la conversación con Dios.

Estaba en la sala de espera del consultorio, y escuchaba los ruidos del edifício, gente hablando, los autos que pasaban por la calle. Pero me dejé llevar por esas simples palabras, escritas hace muchos años, y una paz muy grande me invadió. No pensé en Dios, al menos no como una idea o como un concepto. Simplemente me dejé llevar por la sugestión del autor, y fui entrando en una quietud, en un silencio, en una tranquilidad muy grande. Te cuento estas cosas pues creo que el silencio y la presencia están conectadas. Cuando uno está en silencio, está presente. El silencio te hace presente. El silencio es presencia.

Estos dias pasados, una frase de Omar Khayyam, en los Rubaiyat, vino a mi memoria. Era sobre el silencio interior, sobre el sanctasanctorum de la paz interior. Ayer tomé el libro y lei que decía que en el comienzo de la vida espiritual, las grandes almas de Moisés y Jesús, habían ido a ese lugar, al sanctasanctorum de la paz interior. ¿Ves como las cosas estám conectadas? Silencio, presencia, paz. Ayer a la noche, a la vuelta del consultorio de la dentista, algo había cambiado. No supe bien qué era, hasta que presté atención: yo estaba presente. Estaba con mi esposa, estaba con ella, no pensando en ella o en cualquier otra cosa. Estaba con ella. La miraba. Sentía su presencia.

Después, fuimos a ver una novela en la televisión, y otra vez ocurrió lo mismo. En la novela, algunas parejas. Me dí cuenta de la importancia de estar al lado de mi esposa, de mi compañera, y comprendí cómo mi vida se empezó a organizar desde que la conocí. Comprendí su importancia en mi vida, la importancia de estar juntos, de ser los dos parte de una unidad. Pero estas cosas no las sabía porque estuviera pensando, o porque estuviera elucubrando, sino porque estaba presente. Hoy a la mañana me desperté y sentí otra vez lo mismo, estaba presente. Estoy presente. Es muy lindo. Pensé que te podría gustar saberlo, ¿te das cuenta?

terça-feira, 7 de junho de 2011

Voltavas das Ocas do Indio

Brincarias, como uma criança, a alinhar palavras, a juntar letras, como quando eras pequenininho e ias empilhando cubos de madeira com letras pintadas. Deixarias que as letras fossem formando palavras e irias vendo o que aparece. Lerias, e então saberias. Coisas que conheces no silêncio, ou melhor dizendo, nesse silêncio audível em que escutas a voz da vida, essa voz calada. Uma voz que fala sem fazer barulho, fala com silêncios que aprendes a descifrar. Rememoras o vivido, o visto, o sentido, nestes dias de reunião.

A tua alma se alimenta nessas jornadas às que tens ido te acostumando ao longo dos anos. Já aprendeste a juntar, a costurar, a tecer junto com as tuas companheiras e companheiros, essa teia invisível, a teia da vida. Em um mutirão de carinho, desde distintos lugares do país, convergem para o lugar aonde o sonho começou a ser costurado, há já tantos anos. Chegas em casa e os sons familiares, os rostos habituais, encontram o teu olhar. Voltas como quem retorna a um lugar donde se foi sem nunca ter se ido.

É uma utopia que se tece a muitas mãos. Cada dia uma pontada, uma costura a mais, em distintos lugares, costurando e tecendo a infinita teia da vida. Agradeces no teu coração pertencer a esta família tão grande e amorosa que te acolhe e te acalenta como quando eras uma criança. Recordas os rostos, os abraços, os dias passados nas Ocas do Indio, e começas a voltar, a voltar sem nunca ter ido embora, ao lugar onde reside a vida.

domingo, 5 de junho de 2011

Un Dios interior

Hay veces en que una persona necesita abrir su corazón. No con cualquiera, ni de cualquier modo. Conversar consigo misma, escucharse, reencontrar el huidizo hilo de la vida, muchas veces perdido en medio de tantas presiones por desempeño, por resultados, exigencias propias y ajenas. Ahora pensaba que sería interesante compartir algunas ideas sobre el Dios interno. No aquél de allá afuera, que iglesias y sectas, más parecidas a partidos y empresas que a fraternidades, manipulan a su gusto, para someter a la gente, el brazo “espiritual” del capitalismo.

Cuando hablo del Dios interno, no me refiero necesariamente a una interioridad psicológica, que necesariamente ha de encontrarse en el camino hacia tu profundidad más honda. Ciertamente que hemos de entendernos con el ego y sus trampas, cuando vamos hacia el espacio interior. Cuando hablo del ego, me refiero a una “necesidad” de aparecer más que los demás, de ser el más brillante, el más exitoso, el más. Este ego es um resultado de la programación social, es el enemigo intermo, el que te está siempre exigiendo más, el que te dice siempre que no es bastante, el que te dice que no podés ser como sos, que deberías ser como no sé quien, alguien imposible de alcanzar, alguien “perfecto”.

Este falso yo es una barrera que hay que transponer en el camino hacia el ser auténtico. Más adentro, está ese Dios interno que está afuera también, es lo que te une, lo que te unifica con los demás, con la gente, con tu historia, con tu ambiente, con la época, con el mundo, con el futuro, con los sueños de bien del planeta. Podemos decir que lo que une es divino, en este sentido interior, es lo que sustenta la fraternidad, la colaboración, la cooperación, la alegria sana, el placer honesto y armonioso. No estoy queriendo contraponer una religiosidad o vivencia de Dios a otra, aunque esto es inevitable. La interna es de todos, no admite propietarios ni mediadores, y resulta de la elevación de la conciencia en el trabajo común, en la promoción del bienestar general, en el crecimiento que resulta del intercambio de experiencias en la búsqueda de una vida más plena.

Cuando hablo de un Dios interior, me refiero a una realidad que es accesible a todo ser humano, a cualquier persona, no importa la religión a la que diga pertenecer o sus creencias. Alcanzar este estado de unidad depende más de la actitud con que uno vive, la manera como uno vive, la forma como vivenciamos el entrelazamiento con todas las demás vidas, en una única pulsación, una pulsación vital y contradictoria, en que no hay mapas ni maestros, sino una navegación en parte a tientas, pero apoyada en las experiencias de todos.

terça-feira, 31 de maio de 2011

No hay maestros

Los llamados maestros espirituales son aprovechadores que intentan convencerte de que los necesitás, de que sin ellos sos incapaz. Presta bien atención: tratan de convencerte de que no podés, de que no sos capaz. Esa es la tarea de los que se llaman a si mismos maestros, y construyen empresas disfrazadas de “caminos” espirituales, para enriquecerse, para dominar, para lucrar con tu infelicidad y con tu culpa. Infelicidad y culpa creadas por esos mercaderes.

Por eso Jesús no admitía que lo llamaran de maestro. No queria esclavos, queria seres libres. En lugar de eso, en lugar de gente que nos recuerde que somos capaces, que podemos, que somos vencedores, hay legiones de comerciantes de la tristeza, de la soledad, de la angustia y de la impotencia. Toda una industria de iglesias y sectas, empresas de comercialización de la división interna. Tenés que combatirte a vos mismo para necesitar de ellos, de los “libertadores” que viven de tu dolor.

No hay otro maestro que uno mismo. Esta es la verdad. Y nadie necesita de más nadie a no ser de sí mismo. Y esto lo enseñaron y lo enseñan quienes nunca admitirían ser llamados de maestros. Un Paulo Freire, un Jesus Cristo, un Karl Marx, um John Lennon. Y mirá cerca tuyo pues en el círculo de tus amistades o en tu família, bien cerca tuyo, debe haber quien confia en vos, quien confió en vos todo el tiempo, desde el comienzo, sin pedirte nada, sin exigirte nada. Solo por amarte. Por saber de tu valor, de tu bondad, de tu belleza.

Y no le hubiera gustado ser llamado de maestro o maestra. Mirá bien dentro tuyo y te vas a dar cuenta de que hay un maestro en vos mismo, no lo puede haber en outro lugar. Vos sos tu propio maestro.

sábado, 28 de maio de 2011

Renovação

Bom dia. O dia começou e tu vens chegando. Querias escrever no caderno, mas o fazes neste teclado. Os cantos dos galos que anunciam a chegada próxima do sol. Os grilos. A manhã chegando. Mais um dia. De repente, percebes isto. Mais um dia. Ainda por aqui. As lembranças do dia anterior começam a chegar, e neste dia que começa, é como uma pururuca, as águas que chegam rio acima e as que aqui se encontram. O passado vindo e encontrando este presente, este lago que está aqui, esta superfície imóvel que começa a receber o afluxo do que foi ontem. Tudo que aqui está tem as suas raízes no passado. Lembras de que ontem penavas nisso, como quem diz: quais são as raízes deste meu instante atual? Como o que faço se enraíza na minha historia de vida? As perguntas de Adalberto Barreto.

Muitas vezes tens pensado nisto. Como essas perguntas vão entrando no teu pensamento, na tua forma de ver o mundo, de estar no mundo. E uma nova forma de viver vai ganhando espaço. Como o cavalo no qual se joga areia. Usa a areia para subir e sair do poço. A força das metáforas. Como na tua formação em Terapia Comunitária, aos poucos vais deixando que uma nova forma de sentir, de pensar e de agir, vá ganhando espaço. Notas isto em ti e nos outros companheiros que te rodeiam. Entre todos, cria-se uma teia. E entre cada um e a sua família, seu grupo de referência, seu campo de ação. De repente, uma renovação. Algo antigo volta. Lembras do teu trabalho para o congresso da terapia Comunitária. A Terapia Comunitária como forma de ação social, como forma de ser, como forma de estar no mundo. É isso aí. Levar um diário permite registrar as nuanças. Aquilo tão tênue que se renova de um dia para outro.

Uma cortina se abre. Podes ver algo novo. Algo começa a aparecer. Vai se desfazendo a rotina. A repetência ganha outra dimensão, outro lugar Já não é sempre igual. Como que o presente se encaixa no passado Há uma continuidade. Este instante se apoia no que foi antes, no que foi ontem e antes de ontem. Uma sensação de solidez. A consciência vai acordando, vai tomando conhecimento. Renova-se a vida. O dia a dia vai começando a fluir de outra forma, mais fluente. Já não tens tantas expectativas. Aprendes a estar. Não apenas fazer, mas ser. Estando. Simplesmente estando. Já não te projetas num afazer contínuo e como que impossível de se deter. Numa corrida constante para fazer o que for, não importa o que nem para que. Paras.

Te permites estar. Vais te permitindo estar. Lembras de como antes de ontem pudeste, à tarde, cortar a força da inércia, dessa mania de ter que estar sempre a fazer alguma coisa. Paraste, sem te dar conta como nem por que. Paraste. Simplesmente te permitiste deixar de tentar estar fazendo sempre alguma coisa, e te detiveste. Foste para perto da piscina, e simplesmente ficaste ali, olhando para as flores em volta, o céu, as nuvens, a água. Paraste. Tudo mudou, com uma ação tão simples. Foi como entrar em outro espaço. É um outro espaço. O espaço do ser, o estar. Tomaste conhecimento de tudo que estava ali. As plantas, o céu, as nuvens. Presença. O estar ali. É o espaço da presença. Tudo está aqui. No aqui, há unidade.

O dia vai começando e vais te despedindo destas lembranças tão gratas, que vais partilhar logo mais com essa imensa teia que já cobre práticamente o Brasil inteiro, parte da Argentina, Uruguay, Chile. Ouves os pássaros cantando. Um galo. A claridade se espalhando. A vida mansamente vem vindo e tu vens chegando. Bom dia.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Oración

Muchas veces me gustaría compartir algo sobre Yogananda. Cómo me hizo bien conocer su escrito sobre la Madre Cósmica, el aspecto femenino de Dios, que leí cuando era bastante joven. Esse librito me hizo muy bien, pues me ayudó a ver a Dios como lo veo, como belleza, como amor, un amor que está por todas partes, inclusive en el dolor, en la pérdida, en la muerte.

En ese pequeño texto, Yogananda cuenta cómo cuando su madre falleció, pudo verla en el cielo, en las estrellas, por todas partes. Muchas veces siento ese amor envolviendolo todo, el amor de la Divina Madre. Para los hindúes, el amor de la Madre es eterno, la unión con la madre es imperecedera. Hoy leía uno de mis textos sobre terapia comunitária y su efecto desalienante y me emocioné.

Sentí cómo uno de hecho se ha puesto al servicio de ese amor sin barreras, un amor que no separa, un amor que une y que engloba todo, el amor de la Divina Madre. Me vino una tranqulidad muy grande, pues me acordé de que mi madre decía que nada se compara a la sensación del deber cumplido. Recordé, mejor dicho, recuerdo ahora, que las oraciones me han hecho bien durante toda mi vida.

No solamente oraciones recitadas, sino estados de oración, de contemplación, de unidad, de comunión. Creo que la oración une. Y orar es ser esa unidad, serlo tanto que ya no sabes quién ora, o si tu eres orado por todo lo que existe.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Poesía

Hay unos días en que estás como de visita, como si no estuvieras. Estás, no estando. Es una sensación que te sorprende, pues es un modo diferente de estar, como si estuvieras desapegado o despegado. Las palabras vienen como con dificultad. No te pasa nada malo, es como si la realidad se hubiera adelgazado, como si estuviera más fina la pared que separa el dentro del fuera, el yo de lo otro, de los otros, de lo que hay afuera. Son sensaciones interesantes, pues ellas son como que la puerta de la poesía. Justamente hoy leías sobe la poesía como pensamiento auroral. Sobre el poeta y la eternidad. Te despegas de las cosas. Estás como de visitante. Es como si te fuera posible, en este día de mayo que llega ya casi a su fin, como si te fuera posible, digo, en este momento en que escribes estas cosas, ser algo así como un habitante silencioso, alguien que no hace ruido.

Oyes los sonidos del mundo, un perro allá a lo lejos, el ruido de las teclas al escribir, algún otro sonido de auto o de vecinos. Pero ni la bocina ni una voz, son otra cosa que parte de tú mismo, este mismo que ahora mismo dice lo mismo que sin saberlo o sabiendo, tantos ya habrán dicho en otros momentos. Eso es lo lindo de la poesía. Aquí no hay propiedad privada, no existe la privatización, el exclusivismo. Es una tierra de todos, sin alambrados. Y las cosas no son por casualidad. Leías Saramago estos días atrás. Cortázar antes. Borges, Fernando Pessoa, se va adelgazando la pared que separa el adentro y el afuera. El capitalismo es un sistema muy odioso, condena a la gente a ser siempre lo mismo, excluido o explotador. No te deja opciones. La poesía abre caminos, rompe las barreras, llega a un mundo, es un mundo sin murallas, sin guardas, sin bombas ni generales.

Yo estoy convencido que como seres humanos, estamos destinados a ser como dioses, como decía Jesús. Y no te atajes que no es propaganda religiosa. Podemos vivir en ese mundo sin angustias, sin preocupaciones. Todos pueden ser habitantes de esas regiones crepusculares. Todos han nacido, todos han vencido batallas para llegar hasta aquí. Todos morirán un día, moriremos. Pero no te mueras antes de tiempo. Y de esto es talvez lo que se trate: de no morir antes de tiempo. Puedes ir adelgazando la muralla que te separaba del mundo, de los demás, de vos mismo. Como en The Wall, de Pink Floyd. Puedes ir tornándote más y más leve, hasta que una gota de agua y tú, el cielo de la tarde y tú, ya no sean tan diferentes, ya no sean diferentes en absoluto. Esto es posible. Puedes intentarlo. Basta poetizar, dejarte poetizar por la poesía. La vida es poesía. No es tan difícil Puedes intentarlo. Vas a encontrar compañías valiosísimas, seres queridos que siempre están contigo, seres del pasado que se hacen presentes en sus libros, en sus poemas, en su presencia, en sus oraciones. En este entretejido en que tú y yo, el otro y los otros, lo otro, lo que está allá y lo que está aquí, son una sola cosa. Poesía.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Autopoiesis

Hay días en que te levantas sintiendo que una posibilidad está abierta. Es como si la literatura te hubiera incluido finalmente en su mundo, como si finalmente fueras un personaje literario. Ya muchas veces has tenido esta sensación, te sientes allí, en las páginas de un libro que alguien escribió, un libro que está allí escrito y tú andando en sus páginas, cosiendo tus historias con las historias de los otros personajes. Cuántas veces desde que comenzaron tus días, te has sentido en las páginas de un libro. Una sensación de alivio, de liberación de un mundo tan chato, tan aprisionado en sus propias superficialidades. Aquí puedes ser y eres todo lo que quieres. El hombre proteico. No hay culpa, no harás nada que te dañe ni que le haga mal a nadie. Simplemente te dejas llevar por las montañas nevadas, los ríos cantantes que bajan desde lo alto de la cordillera, las flores que exhalan sus perfumes. Existencia poética. Todos pueden vivir en su propio mundo poético, si lo deciden, si creen que es posible. Creas tu mundo. Autopoiesis.

sábado, 23 de abril de 2011

Sobre a linguagem interna

Pensava cómo poderia ser bom escrever um texto despretensioso, sem que isto possa ser visto como auto-depreciativo. Antes ao contrário, digo despretensioso no modo de querer dizer, deixar o texto vir, deixar o texto correr, deixar a palavra vir a dizer coisas. Muitas vezes tentamos dizer alguma coisa, partilhar coisas com outras pessoas, e o texto não vem, de tanto estar aí a intencionalidade de dizer isto ou aquilo. Talvez tenha te passado já isto. Às vezes dá certo, uma mistura de disciplina e intencionalidade, podem dar certo na tentativa de deixar vir a tona alguma das coisas que andas buscando, dessas que julgas do maior valor, mas que nem sempre, Na hora de escrever, pode vir à página. Tudo isto para dizer que nestes últimos dias, tenho refletido sobre o silêncio e a palavra. Sobre o que se diz e o que se cala. Sobre o efeito das palavras. Sobre conotação positiva e negatividade. Sobre o rumo que a vida toma quando se opta por um caminho para o ser, para a presença, para a conexão essencial com todas as coisas, por um deixar-se ser. Aqui é inevitável lembrar do silêncio prévio à palavra. Do quanto o silêncio nos diz, da sua capacidade unitiva, da sua maneira simples e efetiva de nos dar experiência de unidade com tudo e com todas as coisas.

Ao refletir sobre a palavra interna, sobre o que digo para mim mesmo ou o que outras pessoas dizem para si mesmas, percebo que muitas vezes o dialogo interno é negativo, é depreciativo, crítico no sentido de apontar defeitos. Quando é assim, o silêncio é preferível. E até nas relações humanas. Quantas vezes o calar pode deixar passar uma reação da nossa parte que, sem dúvida, iria piorar as coisas. Mas não se entenda aqui um elogio da omissão. Não é isso. É um pensar na diferença entre reagir e agir. Entre rebater irrefletidamente, e deixar a palavra vir, deixar o ser profundo dizer uma palavra, que pode ser dita ou não, pode ser uma palavra interna, silenciosa, calada, dita no silêncio.

Nesta como em outras questões sobre o ser, me parece que sempre é bom experimentar. Ir ao exercício, caso queiramos saber se algo nos serve ou não. Creio que sempre se aprende algo quando se presta atenção, quando se escuta de verdade. Isto é possível quando se escuta no silêncio. Podemos nos escutar, prestar atenção ao ser interno, e algum silêncio poderá vir a nos fazer saber coisas, do seu modo, silenciosamente.

Em tudo se aprende com a exploração, com o ir ver cómo é, somo são as coisas. Quando somos crianças, esta é uma atitude natural, espontânea, é a nossa forma de estar no mundo, de ser aí. Quando adultos, muitas opiniões vieram se colar em cada ato da vida, interno ou externo. Já não há aquela condição virginal, a menos que te permitas novamente escutar, escutar no teu silêncio interior, no barulho do mundo, onde quer que possas te encontrar, escutar para saber, escutar para ser. Para poder fluir no rio a vida.

Dias passados refletia sobre cómo a reação separa, opõe. Um calar oportuno pode mostrar as coisas da maneira poética, unitiva. Isto é possível, é necessário quebrar o hábito reativo. E isto que digo, é somente como uma indicação de um exercício. Podes reagir o quanto quiseres, mas também podes viver de outra maneira. Quando falo das possibilidades de um viver poético, estou me referindo a essa qualidade que se nos apresenta quando estamos em presença, quando estamos aqui, quando todo o nosso ser está aqui. Deixadas as receitas, deixadas as indicações alheias ou próprias, permitir-se estar aqui, simplesmente ser. É um exercício interessante.

Muitos anos de treinamento, de existência em sociedade, nos entulharam de opiniões, isto sim, isto não, isto está certo, aquilo está errado. Esse e um mundo que pode se silenciar para abrir passagem a um mundo unitário, em que deverá haver limites sempre, uma vez que a existência humana é limitada, mas isto apenas no âmbito relacional, no espaço da relação com o outro ou com os outros. No âmbito interno (que pode e até é salutar seja experimentado no coletivo, quando são coletivos em busca de uma superação espiritual, de um melhor agir em comunidade, de um viver a unidade na diversidade, as vivências de unidade, de expansão para o ser sem fronteiras, onde não há mais morte nem separação), é o Tu que se apresenta como indissociável do eu. Então eu e tu, eu e Tu, é uma dança em que as fronteiras acabam, há apenas unidade, uma sensação de pertencimento além dos limites da pessoa individual.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Dever de amor

Devo ao meu filho Rodrigo uma das vivências mais evidentes de que em redor da gente está o amor, envolvendo tudo.

Devo ao meu filho Leonardo, a certeza de ter acertado ao dizer que a Terapia Comunitária é um retorno à sociabilidade originária.

Devo à minha filha Natalia o saber que ser pai pode ser também ser companheiro.

Devo à minha filha Carolina a alegria de ter sido pai de quem me fez pai pela primeira vez.

Devo a minha esposa e companheira Maria a certeza de saber que valeu tudo para chegar ao lado dela, para saber de repente quem sou, finalmente.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

El último tiempo

Siempre hay un último tiempo, todo el mundo sabe. Un tiempo final, un tiempo de c´est fini, se acabó. Un tiempo de después de esto no hay nada, o hay aquellas cosas que la fe nos dice o las experiencias de casi muerte, el Dr. Moody, aquél señor que vio un nuevo amanecer. Pensar en ese tiempo final, en que al final del tiempo hay un tiempo final. Un tiempo después del cual no hay nada, no hay más tiempo, no hay más nada. Entonces todo lo que hubo del lado de acá, todo esto que está aquí, vos escribiendo estas cosas esta mañana de lluvia mientras la música de la casa de al lado, mientras los ruidos en la cocina, mientras el ruido de la motoneta que pasa por la calle se va yendo y ya se fue.

domingo, 10 de abril de 2011

Romance

De pronto se me ocurrió que podría llegar a escribir un romance, ¿te das cuenta? Sí ¿no? Es muy lindo. Más vale. Y ¿cómo lo harías? Y bueno, ¿qué te parece? Poniéndome a escribir, que es como se puede llegar a escribir un romance ¿no es verdad? ¿Y por qué le ponés una muletilla a todo lo que decís? Porque me gusta, no sé si me explico, no sé si soy claro ¿me entendés? Seguro, entiendo casi todo, en particular, esto que estás diciendo, de escribir un romance. Es muy lindo. Eso ya lo dijiste. Todo lo que uno dice alguien ya lo dijo, ¿no lo sabías? Bueno, puede se, o más bien, sí, que se yo, ¿viste? Vos también usás muletillas ¿no cierto? Yo sí ¿y vos? Más vale. Bueno, dejemos las muletillas por un momento y vamos a ver lo del romance, ¿qué te parece? Me parece muy lindo. Ah, no, ya vas a empezar de nuevo con las muletillas; Qué ¿no puedo ahora decir que es muy lindo escribir un romance, que ya es una muletilla? No es la frase entera, pero sí “es muy lindo” Esa es la muletilla, no sé si te das cuenta. Más vale, seguro, es cierto, sí, si. Esa también es una muletilla muy linda, sí, sí. Sí, yo creo que sí. Se puede pasar horas hablando sin decir nada, gracias a las muletillas. Sí, sí. Bueno, qué te parece si volvemos a lo del romance. Sí, es muy lindo. No, en serio, qué te parece si escribís un romance, o si lo hacemos entre los dos, no sé si…Sí, sí. Bueno, lo que te quería decir es que esta tarde me puse a pensar que sería muy lindo escribir un romance. Y ¿por qué no lo escribís? Porque ya está escrito, es todo eso que está allí, la gente hablando, yendo y viniendo, los autos pasando, la vecina regando el jardín, los pájaros cantando, vos escribiendo, yo leyendo, ese es el romance, es lo que está allí. Ah ¿sí? Pero ¿cómo así? Así como te digo, cuando uno escribe, un romance o un poema, en realidad trae para acá un pedacito de eso todo que está allí, y a eso le llama romance, cuento, novela, poema, lo que sea. Pero en realidad ya todo está, como decía Borges. Bueno digamos que sí. Me parece genial eso de que ya todo está. Yo también creo que ya todo está. Pero, y ¿qué tal escribir un romance como esos que hay en los libros, esas novelas o como le quieras llamar, donde vos te ponés a leer y te vas yendo a una narrativa, a una historia que de a poco te va envolviendo. Y ¿a vos no te envuelve esa historia toda que está allí alrededor, y de la cual también sos parte? Claro que sí, pero, bueno, ya sé, sí, ahora entendí. Ese es el romance.

sábado, 9 de abril de 2011

El camino: seguimiento de Jesús (por José Comblin)

Esta é a conclusão do livro de José Comblin abaixo citado.

"Jesús no vino a destruir a la religión, sino a llevarla a su perfección. Esta perfección está más allá de la religión. Ésta necesita ser reorientada constantemente para transformarse en preparación para la vida cristiana y no ser un fin en sí misma. –lo que es una tentación permanente, aún que inconsciente. La vida que Jesús vino a enseñar es muy simple. Pero esa simplicidad es, para nosotros, la ciudad puesta en la cumbre de la montaña, de la cual nos acercamos sin nunca poder alcanzarla, pero con la esperanza de que finalmente un día la alcancemos, después del actual caminar. Aquí en la tierra la vida es un permanente combate entre el amor y la resistencia al amor –que es el pecado. Esto nos muestra la necesidad de que la religión esté en permanente cambio, para que se transforme en ayuda y no en obstáculo para el crecimiento de la vida. El mensaje de Jesús es siempre el mismo, pero la religión varía de acuerdo con la variación de las culturas.

La salvación es el amor. Quien ama está a salvo y ya pasó de la muerte a la vida. La muerte física no lo cambiará. Lo que era en su vida terrestre amor, permanece para siempre. La única realidad de este mundo que permanece para la eternidad es el amor."

José Comblin, El camino: ensayos sobre el seguimiento de Jesús. Traducción de Rolando Lazarte. (São Paulo: Editora Paulos, 2004), p. 227

sábado, 2 de abril de 2011

Dos lados

Es un tiempo de mucha exteriorización, de mostrar las cosas, de decir por qué, cómo. Todo es para afuera; pero está lo otro, lo inexpresable, lo que no se puede decir, no porque no se quiera, sino apenas porque no puede ser dicho. Hay algo que ves, que puede ser dicho y explicado, y hay otra parte, mucho mayor, que sólo puede ser conocida por lo inexplicable, por lo que solamente puede ser intuído, sentido, presentido.

Comblin

Hay veces que uno quisiera escribir algo, decir alguna cosa. Tratar de exorcizar la ausencia que nos duele, con palabras. Pero vienen las tuyas, las que dejaste con tu presencia, con tu semblante, con tus gestos, con tus libros que leíamos y nos abrían esperanzas. Con aquellas cosas que solamente el tiempo nos irá diciendo a tu respecto.

terça-feira, 29 de março de 2011

Vida

La muerte nos trae a la vida. El misterio de lo que nos espera más allá del último segundo de vida, es semejante al misterio que está del lado de acá. Allá y acá, misterio. Mi fe me dice, como a tantas personas en todo el mundo, la fe nos dice que hay otros mundos, otras esferas, otros lugares. Lugares de amor infinito, de paz profunda, silenciosa y audible en las horas de meditación, en los momentos de comunión con el Altísimo. Algo que uno puede comprobar, es que esos lugares donde viven aquellos seres amados que ya partieron, son lugares reales, lugares creados por nuestra memoria, nuestra imaginación, nuestra fe y nuestra creencia. Son lugares reales, tan o más reales que este lugar donde estás hoy aquí, que de pronto ni sabes si es tan real.

terça-feira, 22 de março de 2011

Lugar de poeta

De pronto darte cuenta de quién sos, puede ser todo lo que necesitas. Si sos un poeta, no sos alguien que tiene que hacer algunas cosas, alguien que se identifica con alguna de las cosas que hace. Podrás hacer cosas, o hasta tendrás que hacerlas, pero no te confundís al punto de pensar que sos un jardinero porque cuidás de las plantas, o que sos esto porque hacés lo otro. Lo que quiero decir, es que cuando uno sabe quien es, no se confunde con lo que hace. Es muy lindo. Como yo soy poeta, y entiendo que esto le ha de haber pasado a cuanto poeta existió, ya que la poesía es una actividad continua, como la vida, esto es lo que quiero decir: quien poetiza, quien es poeta, continúa una actividad elemental de la humanidad. Una necesidad innata del ser humano. La belleza no es accesoria, es fundamental, es esencial y el poeta sabe esto. Si escribe una bella poesía, si hace una linda prosa poética, es porque su vida de a poco se fue encajando en el lugar exacto. Un poeta puede haberse sentido extraño durante años, toda su vida, de pronto, pero al saberse poeta, al saber quién es, encontró su lugar, está donde debería estar.

sábado, 19 de março de 2011

Dios

Me gustaría decir algunas cosas que siento, sobre el vivir centrado en Dios. Es más un diálogo mío con la divinidad, pero si quieres leerlo, no hay nada de malo en eso. No sabría cómo comenzar, pues la verdad es que siento que ya sabes lo que te voy a decir, antes mismo de que lo piense o lo ponga en el papel. Esto es radicalizar en Dios. Esto es volver a la vivencia de Dios que aprendí, a la noción de la Divina Madre como comprendiéndolo todo, envolviéndolo todo con su manto de amor incondicional, como el aire envuelve todas las cosas. Yo creo que es posible vivir en Dios todo el tiempo, o a mayor parte del tiempo, sin tornarse por esto un alienado. Al contrario, puede ser una forma de estar más presente en la vida, en el medio de la familia, en el trabajo, en el contacto con gente desconocida que encuentras por la cale, en quienes empiezas a ver alguien como tú, que es una expresión de Dios. Yo creo que a lo largo de la vida, la persona va creando formas de estar con Dios, formas de convivir con Dios, formas de vivir desde Dios, en Dios, como prefieras. No son lo mismo todas estas cosas, son maneras diferentes de estar en la unidad, de ser la unidad, pero están relacionadas entre sí. Hay quien, como San Francisco o como Ramakrishna, vivan sumergidos en la divinidad. Pero si piensas en gente más cerca, un Gandhi o John Lennon, o alguien de tu familia, muy cercano, que vivía en contemplación, en adoración de amor, puede ser que comprendas que talvez la mejor forma de estar a presencia de Dios continuamente, pueda ser simplemente ser quien eres, hacer lo que haces, siendo auténtico todo el tiempo, poniéndole amor a cada pequeña cosa en tu vida. Yo creo que cada uno, cada persona, crea sus modos de comunión, sus modos de ser feliz en esta vida. Y esto independe de ideologías, de lo que la persona crea que cree. La felicidad depende más, me parece, de una actitud interior de aceptación de la vida, de reverencia al milagro de estar vivo, de estar habitando un cuerpo que respira, que se mueve, que ve, oye, escucha, piensa, se arroba al escuchar el canto de un gorrión, al evocar las epopeyas que le tocó atravesar a lo largo de su camino. Te admiras de poder admirar la belleza del mar a la mañana, cuando el sol brilla en medio de las nubes como un oro, o bien a la noche, cuando la luna deja su luz brillar plateadamente sobre el mar calmo. Te admiras de saber que los días de cada viviente están contados y que más allá, quién sabe, quién sabe lo que habrá más allá. Tu fe te dice algunas cosas, pero la vida te va diciendo otras, te va trayendo certezas que te tranquilizan. Algo como un sol infinito te empieza a acompañar, o notas que te ampara, mucho más allá de este mundo visible, y eso te da paz, te da una tranquilidad. Haces las cosas de todos los días, sientes la callada compañía de tus antepasados, que partieron antes, y sabes que no estás solo. Así vas yendo por los caminos de la vida, rumbo hacia Dios, a esa tierra prometida donde siempre brilla el sol, como dice la canción.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Lees, viajas

“Escribo para tener un lugar donde vivir”, decía Anais Nin. Escribir puede ser eso, y leer puede ser también una experiencia de habitar, de tener un lugar, o más aún, muchos lugares, vastos mundos, muchos mundos, pues cuando lees te despegas de esto que está aquí, que parece ser tan cierto y que sin embargo es un gran misterio. No sabes lo que es este plástico, esta pantalla de computador, ese ventilador que ameniza el calor de esta tarde, no lo sabes, y al no saber, este mundo se asemeja en algo a los mundos adonde los libros te llevan, adonde te dejas llevar como una especie de remedio para tanta realidad irreal, tanto cotidiano que necesita ser pulido hasta que pierda ese tono impositivo que muchas veces tiene. Muchas veces te dejas llevar por esas historias, por esos mundos literarios, esas narrativas de Poe o de Lovecraft, esos poemas de León Felipe o de Fray Luis de León, y entonces te alivias de esa exigencia de utilidad que parece imponerse en todos los actos de la vida hasta ahogarla. Pero no es necesario, ni siempre ha sido así. Cuando leías de niño, y cuando lees ahora, te vas hacia esos mundos, a las montañas de la locura, a la casa de Usher, a casas abandonadas adonde Enyd Blyton te llevaba cuando eras joven, a Irlanda, a Inglaterra con Cronin de la mano, al cuarto propio de Virginia Wolff, a esa extraña mujer del cuento del escritor irlandés. Vas a lugares que talvez nunca conozcas del modo como muchos piensan que es el único modo de conocer. "Viajar no es cambiar de lugar, es cambiar de mirada", dijo alguna vez Proust. Cambias de mirada cuando tomas el camino del burrito pedrés, en Sagarana de Guimarães Rosa. O cuando te internas en las pampas del Martín Fierro, o cuando te vas al Marte de Bradbury. O entonces te vas a tantos otros libros que viste o que leíste en la biblioteca de tu abuelo en San Genaro, o en la de tus padres en Mendoza, o en la Biblioteca San Martín en la Alameda, o aún en estas, en todas las bibliotecas por las cuales andas o andarás, anduviste algún día o visitaste en tus sueños. Ellas forman un laberinto infinito y por allí juegas juegos infantiles, juegas a recorrer mundos entre hojas y estantes, mundos de antes y de ahora, mundos infinitos que se extienden en todas las direcciones. Lees, viajas.

terça-feira, 15 de março de 2011

Mosaico mandálico fluye

Hay días que te levantas así, como queriendo jugar con la vida, queriendo jugar con ese tu modo de creer que las cosas son de varias maneras al mismo tiempo, con esa tu forma de ser, que parece ser confusa pero es tan traslúcida como el agua de la fuente. El día va yendo, y vos te vas dejando llevar por el día, dejándote llevar por la vida, a veces agarrando el timón y queriendo ir hacia la orilla o hacia el horizonte, o bien como ahora, dejando que las letras vayan viniendo y tú, como un niño, viendo a ver qué viene. Dejas la hoja en blanco, la frase como en suspenso, a ver qué es lo que puede llegar a venir, si es que viene, si no es que viene y va. El día va yendo, vas viniendo, dejándote llevar por el incesante fluir de la vida. Ella va y viene, no sólo tú, ella también va y viene. Se olvidó algo en el piso de arriba y lo va a buscar, como tantas veces también te olvidas de alguna cosa y la vas a buscar. Ya has andado por las calles y por las veredas de la ciudad. Por la beira-mar, apañando una lluviecita. Ido a la universidad y vuelto, pensado en ella como la cosa más importante de tu vida. Ella, que está aquí a tu lado ahora mientras escribes estas cosas. Ya has visto algunas miradas, te has visto en algunos ojos, en los espejos, como decía Borges. Borges, Borges. Incesante Borges de los mil espejos. Has olido la tierra mojada, las plantas después de la lluvia. Has leído algún mensaje que te recuerda las cosas que aprendes en esta etapa de la vida cuando aquél crepúsculo infinito te acompaña, muchas veces, como la certeza absoluta de una recepción ilimitada del otro lado, del lado de allá de tus días. Ahora escuchas una máquina en la construcción de la esquina, y la tarde va pasando, lentamente, como la arena por el reloj de arena. Y no te preocupa si una metáfora está un poco sobre-explicada, sigue siendo lindo, pensar la vida como esos granitos de arena que bajan hacia la parte de abajo del reloj, de esos vítreos mundos de tiempo de medir el tiempo. A veces juegas a dar tres espacios antes de entrar en actividad, para evitar la reacción, el preconcepto, lo que no debe salir pues es apenas rechazo. Juegas a tratar de encontrar la realidad y no lo que piensas sobre ella. Y ella suspira a tu lado, con el calor de la tarde. Y la máquina en la construcción de la esquina. Fuiste al Shopping a ver con ella unos vestidos para ella. Mirabas su rostro, tanta belleza. Ahora la noche ha llegado. Sueños con Adalberto Barreto y seu Chico. Balas de cañón, una de ellas de oro. El día está terminando. Como un artesano, pones la última piedrita y te despides de quien está leyendo estas palabras. Boa noite.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Habitarse

Hay días que empiezan como si atendieras a un llamado indefinido. La luz va llegando y la oscuridad se va yendo. Ya ahora el cielo está claro y has recibido algunos mensajes de cariño. Has trabajado un poco. Una presencia amiga en la casa. Has percibido cómo en tus escritos vas encontrando tu lugar, vas construyendo un lugar para ti con lo que escribes, vas rediseñando tu vida con las palabras que vas poniendo en los renglones, en las hojas que se van llenando, que se van yendo, que salen volando por el mundo interno y externo, eterno. No quieres dejar de escribir pues es muy bueno tener un lugar. Hay quien lo tenga cantando, quien trabajando, quien yendo al cine o caminando por la vereda o manejando por las calles de la ciudad o del campo. Ser humano es habitar, es hacer lugares y habitarlos. Eres el lugar habitado por ti mismo. Eres tu propio mundo. Todo tú estás aquí. Buen día.

terça-feira, 1 de março de 2011

Imortalidade

Tenho começado a ler o livro de José Saramago, As intermitências da morte. Fazia muito tempo que um livro não me atrapava assim. E digo que o livro atrapa mas é a história, ou a estória, que até hoje não sei ao certo como é que se diz de verdade, viu? Mas o caso, ou seja, melhor dizendo, o que quero dizer, é que me parece vedadeiramente interessantíssimo que alguém possa ter construído, como de fato construiu, um enredo como esse, da suspensão da morte num país cujo nome não se cita. E, a partir deste momento em que as pessoas deixam de morrer, o que ocorre naquele país de nome desconhecido, em que todo mundo começa a ter que se virar com a tão desejada quanto agora temida imortalidade. Não por acaso, agora de tarde, e depois de uma noite em que fora difícil conciliar o sono, pego um livro de Fernando Pessoa, Eróstato e a busca da imortalidade. Verdadeiramente é um descanso, um remanso, ler as sentenças de Fernando Pessoa, depois de ter perdido o sono com o relato de Saramago sobre a suspensão da morte e as mudanças no cotidiano de um país e da sua gente disto derivadas. Ler é bom, e temperar um autor com outro, é ainda melhor. Silvina Ocampo, uma escritora argentina de quem não tinha ainda lido uma palavra, ontem me deliciou com trechos das suas memórias, intituladas La Promesa, publicados na revista do jornal La Nación. O mergulho nestes escritos me levou ou me trouxe para um mundo de quietude e paz, um mundo de imaginação e de memória, em que a vida é recriada a partir de olhares capazes de pôr no papel um relato original, muito próximo da vivência, longe dos estereótipos e das palavras gastas e repetidas. Isto me lembra de Jorge Luis Borges, em quem também tenho encontrado, muitas vezes, um remanso de paz e quietude. Penso em Límites: De estas calles que ahondan el poniente, una habrá, no sé cual, que he recorrido ya por última vez indiferente, y sin adivinarlo sometido a Quien prefija omnipotentes normas y una secreta y rígida medida a las sombras, los sueños y las formas que destejen y tejen esta vida…

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Marzo

Esta mañana, para ser bien preciso, a la cero hora de este dia, empezó el mes de marzo. Decir que es para ser bien preciso, es ya una inexactitud, pues o se es preciso, o no se lo es, no hay cómo ser más o menos preciso, no te parece. Bueno, a mí me parece y se acabó, pero no nos detengamos en estos preciosismos, y vamos al hecho de que hoy ha empezado el mes de marzo. Otro mes de marzo, otros meses de marzo, de otros años, ocurrieron, como es de esperarse, acontecimientos diversos de los que este mes de marzo ocurrirán, con toda certeza. No hay por qué creer que la historia pueda repetirse. No, al menos, en este caso, o bien, mejor dicho, ya que los lectores no deben haber adivinado, ni lo podrían hacer, no hay por qué creer que todo mes de marzo deba uno sumergirse en sentimientos de tristeza, de rabia o de miedo, por haber ocurrido, muchos meses de marzo atrás, muchos años atrás, cosas que provocaron estos sentimientos de miedo, rabia, tristeza. Yo digo estas cosas, pues ahora que la lluvia paró, la lluvia que empezara unos minutos antes, me doy cuenta de que las cosas se repiten si las repetimos. Es verdad, como dice el poeta, que “sólo una cosa no hay, es el olvido,” y que “Dios, que salva el metal, salva la escoria, y cifra en su profética memoria las lunas que serán, y las que han sido”, pero sin embargo, o talvez por eso mismo, este marzo puede ser un marzo sin recuerdos, si te lo permites. Puede ser un marzo como los marzos virginales, como cuando la vida todavía no se dividía en tragedia y fiesta, como cuando eras niño. ¿Y quién te dice que no puedes ser niño o niña otra vez? La lluvia recomenzó con más fuerza, como esas lluvias de verano, como esas lluvias que asocias a chicas mojándose con el agua y las blusas pegándoseles al cuerpo, con lluvias que no tienen pasado, que no tienen memoria, no tienen historia. Este marzo es un marzo nuevo, no es una repetición. Los nombres pueden repetirse, y eso crea confusiones. Puede ser que tuvieran muchísima razón aquellos revolucionarios franceses que le pusieron nuevos nombres a los meses. Sería muy bueno que este mes tuviera un nombre sin historia, sin pasado. ¿Por qué asociarlo a Marte, el dios de la guerra? ¿Qué significa que Marte es el dios de la guerra? ¿Y por qué tiene que haber un mes en memoria de la guerra, que es odiosa, sobre todo la agresión a los ciudadanos desarmados, como la que fue perpetrada en un mes de marzo de hace ya treintitres años. Podemos eludir los efectos de la repetición, el aprisionarnos o encadenarnos a la repetición de sentimientos de bronca, pues aquello fue una infamia, una traición abominable como toda traición, una mentira, una afrenta a la humanidad, aún impune, pues no puede pensarse que la ejecución de tantas personas desarmadas, secuestradas, torturadas, haya sido otra cosa que una abominable traición, porque perpetrada por las fuerzas de represión, por la policía, el ejército, la marina, la aeronáutica, asociadas a la santísima iglesia católica, al empresariado y a los financistas, a tanto periodista y juez, tanto profesor y dueña de casa, que de pronto te preguntas, y quiénes eran ellos y quiénes nosotros, qué fue eso a no ser una abominable traición. Pero si piensas que hoy es el comienzo de otro marzo, un marzo de lluvia en otro país, el mes de carnaval y mulatas, mes de música y festejo, todo puede cambiar, y debes permitirte el cambio para mejor, para no perderte la vida, pibe, para no perderte al amor, para no perderte la alegría. Te deseo mucha alegría, mucha vida nueva, la mereces, todo el mundo la merece, no hay por qué asociarse, encadenarse, a lo que no es, a lo que no puede nunca más ser.

Literatura

Me refugiaba en el mundo de las letras, en la literatura, en los libros. Me iba a esos lugares donde ya tantas veces había sido acogido, y me dejaba envolver por los climas de libros aún no leídos, talvez aún no escritos, y todos lo que ya leyera algún día, o de los cuales tuviera alguna referencia por terceros. Esto ocurría muchas veces, ocurre hoy, y continuará ocurriendo, pues en ese lugar de lo inútil, de lo que no sirve para nada, pues para qué lees un libro, a no ser para no ganar nada, para no tener ningún beneficio, como no sea el de simplemente dejarte llevar por el río de la vida, en las páginas del libro, en el mundo de la literatura.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Sociología y Terapia Comunitaria

A veces, algunas cosas tienen un entrelazamiento que nos sorprende, verdaderamente. En estos días pasados, me he ocupado de tratar de establecer las relaciones entre Sociología y Terapia Comunitaria. Al comenzar a escribir sobre esto, sobre la convergencia de objetivos, presupuestos, puntos de partida y finalidades entre una y otra áreas de conocimiento y de práctica social, empezaron a venir recuerdos del tiempo en que empezaba a estudiar Sociología. Era como estar volviendo a esos años iniciales. Las referencias volvían. Era como si el tiempo hubiera vuelto sobre sí mismo. Habían pasado muchos anos, pero de algún modo, yo estaba outra vez en el mismo estado de espíritu de aquellos años virginales. Esto me admira verdaderamente, pues es como si en algún lugar de nosotros mismos permaneciera intacto el ser que somos, el ser que fuimos, independientemente de los cambios que haya habido.

Esto además de maravillarme, me alegra y mucho, pues en mi caso particular, es una verdadera felicidad estar de vuelta a ese mismo ser que fui como estudiante, y este otro ser, el mismo, que escribe estas líneas, ya formado sociólogo, com todos unos años de experiencia que, sin embargo, me reponen a la condición de aprendiz. Lo que más me agrada, es ver que esencialmente sigo siendo el mismo, y ese yo mismo de ayer, ese joven estudiante lleno de entusiasmo y de esperanza, sigue siendo este mismo ya no tan joven sociólogo igualmente embebido de sueños y esperanza. Los dos se dan la mano, andan juntos, miran juntos hacia los lados, hacia adelante y hacia el pasado. Es como si uma semilla de uno mismo permaneciera intocada, intacta, esperando el momento y la hora de volver a florecer. Por eso sigo creyendo en la vida. Porque ella me sorprende. Y así como después de la lluvia, el sertão se cubre de verde, puedes haber estado como que perdido, aparentemente apartado de aquellos valores que te dan la razón de ser, el sentido de la vida, pero un día a tu alrededor, en tí mismo y en los demás, en el mundo en que vives, todo está como era entonces.

Las convergencias entre Sociología y Terapia Comunitaria son esenciales, no contingentes. Ambas convergen hacia la recuperación de la persona humana, su restitución a su verdadera esencia, más allá de los condicionamientos sociales.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Orientación

Muchas veces te levantas de mañana, como hoy, sin que algún propósito o finalidad determinados te estén moviendo a hacerlo. Apenas te levantas porque ha comenzado el día. Ha empezado un nuevo día y vas bajando la escalera pensando en qué harás. Vienen tantos pensamientos a tu mente, recuerdos, proyectos. El día comienza y tú vas llegando, a medida que el sol, a medida que los pájaros, a medida que la voz interior te van diciendo lo que será el rumbo de este paso que estás por dar, que estás dando, que diste.