terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Liberación interior

Ayer a la tarde, entraron en crisis los ismos y las “logías” entre las cuales pretendí algún día encontrar las orientaciones para actuar en mi vida. Eran tantos los consejos, justificados racionalmente, hablando en mi cabeza al mismo tiempo, que tuve que dejarlos, previa charla con alguien que conoce el fondo de mi alma. Entonces vino una especie de silencio, que se formó en mi interior como una imagen visual tridimensional: un cubo hecho de cubos blancos en el centro, formando una cruz: esto era el silencio. Los demás eran cubos negros, en los vértices del cuadrado. Esto lo ví cuando salí a caminar a la tarde, mientras andaba caminando por una de las calles del barrio donde vivo. Ese blanco me fue calmando. Fui dejando de pensar en qué tantas orientaciones para vivir y actuar, que me atosigaban. Me había intoxicado de razones interiores para actuar como debía ser. Una especie de policía interior activada y mantenida por mí mismo, como creo que le debe pasar a todo el mundo, para actuar correctamente, para no equivocarme. No necesito de tantas orientaciones. Hay algunas que ya forman parte de mi mismo, pues son muy antiguas y se han ido como que incorporando a mi propio ser. Pero no necesito andar por ahí con una especie de vademécum interior que a todo instante me esté queriendo forzar a ir en esta o en aquella dirección.

sábado, 19 de janeiro de 2013

Lembrando de José Comblin

Hoje lembrava de Comblin. Não somente dele, da sua presença, mas também dos seus livros, do que ele deixou de si nas palavras que pôs no papel. Acho que quando alguém deixa algo de si nos seus escritos, nos da a possibilidade de termos a sua presença por muito tempo. Hoje lembrava, em especial, algo que Comblin dissera sobre a mensagem de Jesus. Lembro que dizia esse escrito, que a mensagem de Jesus é simples, mas que essa simplicidade é para nós como a cidade no topo da montanha. Sabemos que não a iremos alcançar, mas nos movimentamos com a esperança de chegar lá. Pareceria uma afirmação pessimista, mas não o é de jeito nenhum. Nos movimentamos em direção à simplicidade da vida, à simplicidade do amor. Pensava que Comblin trouxe o Evangelho para mais perto. Tirou o Evangelho da distância em que a teologia e o intelectualismo o colocaram, e o trouxe para mais perto. Quando penso em Comblin, penso nas coisas que ele disse sobre o amor, e sobre Deus. Quando penso em Comblin, penso em pessoas muito simples que conheci na minha vida, e que viviam no amor. Lembro da minha mãe, lembro das minhas avós, lembro de tanta gente que fui encontrando pela vida afora. As pessoas que me acolheram quando cheguei ao Brasil e que me seguem acolhendo. Quando lembro de Comblin, lembro da simplicidade da vida, lembro da simplicidade do amor. E um perfume de eternidade se faz presente. Talvez Comblin tenha-me deixado mais perguntas do que respostas, e isto é muito bom. As perguntas abrem um espaço. A pergunta nos abre para a vida, nos conecta com o infinito, nos repõe no fluir da existência. Mas estas perguntas que Comblin nos deixou, são certezas. São interrogações para a mente, mas certezas para o coração. Mente e coração hão de caminhar de mãos dadas. Mas na direção da vida, na direção ao amor, o comando está com o próprio amor, essa incógnita. Foto: o Pe. José Comblin e alguns integrantes de Kairós-Nos Também Somos Igreja

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Tecendo juntos

Em algum sentido, o dia verdadeiramente começava no instante em que começavas a pôr palavras na folha. Agora lembravas da jornada da manhã. A defesa da dissertação de mestrado de Mariana Albernaz. Enquanto ela falava ias refazendo a tua própria história. Priscilla. Renata. Samilla. Verbena. Lorena. Lagoa Seca, 2012. A mãe de Mariana trazendo como lembrança para a filha, os primeiros escritos da menina, que queria ser um livro. Exercitante. Vias os rostos dos membros da banca. Maria, Arnoldo. Djair. Na fala de Mariana, a Terapia Comunitária Integartiva com usuários e familiares do CAPS Caminhar, de João Pessoa. Voltava a tua própria história. Pai, mãe, avôs, avós, tias, irmãos, filhos. Toda tua história voltava até o presente. Então fazia sentido, faz sentido fazer parte, ser parte dessa teia. Vias os rostos da irmã Ana, Lucineide. Tanta gente, não lembrarias de todos os nomes agora. Mas lembravas do Colégio Marista. Pirambu. Adalberto Barreto. Tudo voltava. Tuas jornadas como jovem estudante. Mendoza. Argentina. Os sonhos coletivos de uma Argentina sem fome, sem violência, sem dominação. Tudo voltava, e tu ias voltando também. A mangueira na porta do PPGENF-UFPB. O bolo de morango. As risadas. Salgadinhos. Refrigerante. Elisângela. Rinaldo. Marina. Lembravas de tantas jornadas juntos. O pai de Mariana. As flores. O orgulho. Que mais dirias? Uma alegria no peito. A jornada prossegue. Foto: Formação em TCI em Lagoa Seca, PB, 2012.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

El tiempo viene llegando

A veces, el tiempo viene llegando. Es como si tuvieras que esperar para que el tiempo llegue. ¿No parece curioso esto? Esperar que el tiempo llegue. Pero es así. A veces, uno tiene que parar para esperar al tiempo. Has vivido ya tantas cosas. En tu vida y en el día. Un día es mucho tempo. La vida entera, entonces, ni te cuento. Por eso a veces tienes que dejar que el tiempo llegue. Que lo que has vivido, se vaya armando como un rompecabezas, como una mandala dentro de tí. Entonces cada cosa va ocupando su lugar. La reunión de esta mañana, y el jardín de infantes. La charla en las Librerías Paulinas, y la subida al Cerro de la Gloria. Todo se va juntando. La vista del mar de mañana, el cielo y las nubes, y la vista del mar por la noche, los barcos blancos flotando en la negritud del mar-cielo unificado. Las prioridades: esto primero, lo otro más tarde. Todo se va ordenando, todo se va organizando. Y tú te organizas también, cuando dejas el tiempo llegar. Cuando dejas que lo vivido vaya ocupando su lugar. Cuando la memoria y la atención van acomodando cada perqueña cosa, en esa mandala cósmica de los dias, de la vida, de tí mismo.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Tratando de trasmitir lo intransmisible

A veces uno no tiene algo determinado para hacer. Entonces, como ahora, me pongo a poner letras en el papel. Un papel luminoso, como es éste que estás viendo. Y en el mismo momento en que las letras comienzan a aparecer, alineadas, me empiezo a sentir bien. Mejor, sí. Es una forma de terapia, si te gusta la palabra. Y a mí me gusta. Terapia viene de acogimiento, en griego, según se lee en el libro Terapia Comunitaria Paso a paso, de Adalberto Barreto. Cuando empiezo a escribir, sea como en este caso, en esta hoja especial que estás leyendo, o en las hojas de un caderno o de una libreta, me empiezo a ordenar. Siento que estoy en mi lugar. Es curioso que alguien sienta que su lugar es una hoja. Es así, verdaderamente. Pero no ignoro el mundo que hay del lado de acá, fuera de la hoja. Los dos mundos interactúan. Es un vaivén, una diástole y una sístole, un ir y venir. De a poco, de tanto escribir, fui creando mi mundo. Creo que esto le debe pasar a mucha gente que escribe. Uno va construyendo el mundo en que vive. Esta mañana fui a una posada en Carapibus. Se veía el mar inmenso, un horizonte enorme, verde, azulado. El cielo. Las nubes como agodones alineados. De pronto el lugar, las flores, las piedras. La gente en la pileta. El edificio, los cuartos. Me fui a otro tiempo, pero seguía en el aquí y ahora. Los tiempos se funden, se confunden, se hacen uno solo. Vivencias de mi infancia se hicieron presentes. Todo unido, consolidado. Una sola vida. Unidad. Escuchaba la gente conversando. Veía las plantas, la tierra, los árboles por la ventana. Daban ganas de pintarlos. Pintar las flores, traerlas al papel. Dibujar las hojas verdes, de distintos tonos. Algo muy interno y muy evidente. Objetivo e interior, al mismo tiempo. Todo era, todo es una sola cosa.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Balanço

Tenho tido, durante um bom tempo, a excelente oportunidade de dialogar diretamente com o conjunto dos terapeutas comunitários do Brasil, e pessoas chegadas a esta área. Isto tem me propiciado um enriquecimento além do esperado. Pessoas valorizando o que você faz, os textos que você escreve, e nos quais, obviamente, você se põe por inteiro, você tenta trazer a vida como ela é, como você a vê, com sus próprios olhos, e partilha o que você vai achando. O que você vai achando e o você que vai se achando. Porque na literatura e na poesia, você vai se trazendo de volta, tal como nas rodas da Terapia Comunitária Integrativa. Isto pude ir percebendo nestes anos de diálogo, pois que a escrita para mim sempre foi e continua sendo, acho que sempre será, uma tenaz tentativa de me ter de volta, de encontrar um lugar, de afundar as minhas raízes na terra, no tempo, na vida. Nesta grande família humana na qual cada vez mais fui e continuo tendo a felicidade de ser/fazer parte. Tudo isto para dizer que agradeço a confiança e o afeto, tudo que recebi de cada um, de cada uma de vocês. A companhia silenciosa que muitas vezes na madrugada, eu sabia que iria encontrar em algum lugar da rede, em algum lugar do Brasil, um coração amigo a pulsar, a ecoar. Posso e devo dizer que embora tenho usado o envio em massa de e-mails, o SPAM (e já estamos chegando ao ponto desta conversa), muitas e muitas vezes tinha viva em mim a imagem de cada um dos terapeutas comunitários que conheci, e que não são poucos. Gente de todas partes do Brasil. Gente da Argentina, Chile, Uruguay, Bolívia, Venezuela, África, Europa. Gente com a qual fui vindo. Lembro das primeiras rodas da TCI em João Pessoa, no conjunto dos Ambulantes, em Mangabeira. As formações em TCI em Sousa, em Lagoa Seca, na Paraíba. Em Montevideo, Uruguay. As sensibilizações em Reconquista e Godoy Cruz, na Argentina. O livro Terapia Comunitária Passo a passo, de Adalberto Barreto, traduzido em um mutirão de pessoas de boa vontade de vários países, para o espanhol. Este ano deverá ser publicado nesta língua, alcançando muitas e muitas pessoas de toda esta nossa querida América Latina. Mas a internet tem as suas regras, e devo respeitar os limites impostos ao envio de e-mails em massa (SPAM). Por isso, tenho agora a obrigação de, além de agradecer a cada um, a cada uma de vocês pela confiança dialógica que me brindaram, convidá-los e convidá-las para que prossigamos este diálogo de outra maneira. Os meus textos costumam aparecer nas páginas da revista Consciência, bem como nos meus blogs, que aparecem no rodapé deste escrito. Estarei sempre disposto a dialogar com quem quer que seja, desta teia querida da Terapia Comunitária Integrativa. Acredito cada vez mais na educação continuada, que nos humaniza, nesta caminhada que sempre está a nos projetar para novos horizontes. Mais laços sociais, mais vínculos positivos, mais auto-estima pessoal e comunitária. Vamos adiante! Obrigado!

Montaje previo

Hay unos días que uno puede (o hasta debe, diría) montarlos desde temprano. Poner, por ejemplo, la pieza del levantarse, a nivel Renato Lavagna, aquél locutor mendocino del programa Lo importante es levantarse. En seguida, darse cuenta de que montaje es una cosa en portugués y otra en castellano. Pero qué le vas a hacer, pibe, a esta altura del campeonato la portuñolización es hasta una cosa –podríamos decir así—no sólo aceptada, sino hasta de buen gusto. Una señal de la integración latino-americana. Pero dejando de lado preciosismos linguísticos, que de algún modo son hasta certo punto irrelevantes, y que, sin embargo, si llevados hasta sus últimas consecuencias, nos harían cambiar el título de estas anotaciones para el más castizo de: Armado del día, ahí viene outra señal de alerta. Armado tiene, sin duda, una connotación bastante alarmante, que no tiene nada que ver con lo que aquí se quiere expresar. Digamos, para ir al grano: hoy me di cuenta de que, escuchadas las primeras voces interiores, las voces del alba había una posibilidad de paz interior, oriunda de mis propias profundidades. Aceptar que uno es como es. Su propia naturaliza, como decía mamá. O sea no tratar de ser tan perfecto, que uno no sea más quién es. No inviablizarse por cuenta del perfeccionismo. Al final, como decía Cecilia Meirelles, no tratemos de eliminar todos nuestros defectos: no se sabe sobre qué está construído todo el edifício. Dicho todo esto, que es casi un preámbulo, pero en verdad más que eso, es una verdadera introducción al tema, vamos al asunto. Decía que hay días que conviene ir armando desde tempranito. Ir poniendo una piecita aqui, otra allá, a ver qué se forma. Pero irlo haciendo sin demasiado cuidado. Que el placer no se transforme en un trabajo penoso. Quién sabe no sea mejor dejar que el día se vaya montando a sí mismo, se vaya armando, vaya poniendo sus propias piezas en su lugar. Y uno viendo, ayudando, no sé, se me ocorre. No sé qué te parece a vos, che pibe o piba.

domingo, 13 de janeiro de 2013

El placer de ser y de vivir

Con frecuencia nos preguntamos: ¿qué debería hacer? No está mal que uno se haga esta pregunta. Al contrario, el sentido de lo ético está profundamente enraizado en esta indagación. Pero hay otra pregunta, tan o más importante que la anterior, que es: ¿qué quiero hacer? ¿qué me gustaría hacer? ¿qué es lo que, realizado o al realizarlo, me da placer? Placer y deber parecen campos contrapuestos. En algún sentido, lo son. Pero desde una perspectiva integrativa de la persona, es sabido que debe y puede pensarse en un “deber de placer”. La obligación de disfrutar de la vida. La necesidad de gozar del mero hecho de existir, respirar, ver oír, tocar. Cada sentido humano es uma celebración. Nos han inculcado sentidos de la vida lejanos y distantes. El más allá. El consumo. Pero hay un placer inmanente en el hecho de existir. Y esta alegría de vivir es integradora y contagiosa. La persona feliz irradia bienestar. Y esta sensación no proviene tanto de lo que tiene, sino de lo que es. No tanto de la propiedad, sino más bien de la propia existencia. Volver a disfrutar de la vida, gozar profunda y essencialmente del hecho de que estamos vivos. Es un deber placentero. Y una necesidad.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Transformação

Estou cansado Semear também cansa Mas ver a flor florescer Descansa

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Atención poética y realidad

La literatura disuelve la falsa objetividad creada por la intelectualidad raciocinante y por la codificación cotidianizada. Esta afirmación de Julio Cortázar en La vuelta al día en 80 mundos, volvió ayer con mucha fuerza, mientras leia Cien años de soledad, de Gabriel García Márquez. Me llamaba la atención como en las páginas del relato que estaba leyendo, la vida se parecia más a la vida, no era esa especie de deformación que uno sobrepone a lo que está aqui, muchas veces. Hay una cualidad propia de la vida, que es algo muy fino, muy sutil, y que solamente puede ser captado por una persona que tenga una atención extremada a lo que está aqui, a lo que está presente. La lectura de libros de García Márquez, José Saramago, Henry James, Julio Cortázar, Jorge Luis Borges, Lya Luft, Martha Medeiros, Cecilia Meirelles, Affonso Romano de Sant´Anna, Gustavo Adolfo Bécquer, Gabriela Mistral, Gita Lazarte, Graciliano Ramos, Ray Bradbury, Howards Phillips Lovecraft, ha ido creando o activando esa especie de atención a que aquí me estoy refiriendo. Estos autores o autoras, han venido llamando mi atención desde muy temprano en mi vida, y esa atención ha quedado despierta. El hábito de la lectura ficcional o poética, me ha venido abriendo a esta realidad presente, a la realidad que está aqui, no una realidad pensada, intelectualizada, racionalizada. Sin embargo, como creo que talvez también haya ocorrido con quien pueda estar leyendo estas cosas, esta atención despierta, la atención presente, la atención a lo que está aquí, durante mucho tiempo permaneció como que ofuscada por las cosas que había aprendido a creer que estaban aquí, o que eran, empezando por yo mismo y por el mundo alrededor. Entonces yo no estaba propiamente en el presente, estaba desencajado, ajeno y distante, por el simple motivo de que había dejado de prestar atención a esta atención a lo real, a lo presente. O había dejado de vivir más plenamente en esta atención a lo presente, a lo que está aquí. Lo que está aquí es siempre nuevo. Y la literatura me permite aceder y mantener viva la atención a lo presente. Una observación de Fernando Pessoa resume bien esta situación. Dice que debía empezar a olvidarse de la forma de recordar que había aprendido. Yo debo empezar a olvidarme de la forma de vivir, de la supuesta realidad que había dejado que ocupara el lugar de lo que está aquí. Dejar que lo que está aquí, de hecho me toque. Dejarme, de hecho, estar aquí.

sábado, 5 de janeiro de 2013

Realidad

¿Qué harías ese día? ¿Qué habrías hecho ya, además de haber ido a la playa con ella y caminado, visto la gente y el mar, nadado, sentido el sol y la arena? ¿Qué más te depararia el día, ahora que se acerca el mediodía y la hora de salir con la familia a almorzar? Esta mañana temprano sentías que la confianza es posible, que es posible vivir en paz, que has ingresado de hecho al reino del amor. Has llegado al lado de allá de la página, a ese mundo literario adonde puedes ser quien sos, ves todo como algo creado, la gente, los ambientes, todo lo que existe. Hasta los pájaros cantando hoy bien tempranito, como un coro envolviéndolo todo, anidándote en el cosmos.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Escribir, vivir

Me pasaría la vida escribiendo, pensó. Me quedaría frente a la máquina de escribir, agarraría un cuaderno, y escribiría, escribiría, o, mejor dicho, dejaría que la vida me fuera escribiendo. Me acuerdo de cuando empecé a escribir, en 2001. Empecé a traerme de vuelta. Y en este venir a mí mismo de nuevo, en este traerme de nuevo para el ser que soy, en este volver a ser, fuí encontrando mi lugar en el mundo. Fuí encontrando el sentido de mi vida. Sigo buscándolo, sigo encontrándolo. Nunca soy más yo que cuando escribo. Y cuando escribo, estoy leyendo lo que otras personas antes que yo, y ahora, están escribiendo, sus propias vidas. Todas las vidas se van tejiendo y destejiendo, en esa continua fabricación que es la vida. Han pasado ya tantos años desde que estoy vivo, pero aún así, el vivir es siempre fascinante, es siempre una sorpresa, es siempre otra cosa. Es algo desconocido, y al mismo tempo parcialmente conocido. Es un nacer de sí mismo que se viene perpetuando desde tempos inmemoriales.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Mosaico de un día

Ese día, irías recuperando la memoria, a partir de este momento. De mañana, bien temprano, era aún de noche, escribiste el texto sobre la valoración positiva de la afectividad, la sexualidad y el placer. Aquello te iluminó por dentro, te dio una sensación de misión cumplida. Rehiciste tu caminho hasta aqui. Tus años de joven, de luchar por la extinción del hambre, la violencia y la dominación. Esa lucha continúa, de otras formas, en tus actividades actuales. En los colectivos de los cuales participas. No puedes gustar de todas las personas, pero el disgusto por algunas de ellas, no debe distraerte del foco de tu amor y de tus actividades. Fuiste a la universidad, al sindicato, al banco. Llovía. Recordaste los tempos iniciales de tu amor. Fuiste a la Unimed. El laberinto de calles de la ciudad. El calor, la gente, la oración. Las traducciones de textos. La feria de artesanías. El día que se hizo noche. La noche que se hará día.

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Fin de año, Año Nuevo

Hay días en que no tenés algo específico para compartir, sin embargo, siempre algo hay que decir. Año Nuevo, fin de año. Parece que algo quedó para atrás. Pero ¿qué es lo que quedó para atrás? Hoy caminabas por el veredón de la beira mar, y recordabas que ayer, el año pasado, habías notado un movimiento rítmico en el caminar de los bañistas que andaban por la arena. Hoy había casi una multitud caminando. Vendedores de maíz, niños, parejas, gente de todas las edades, yendo y viniendo. De mañana, otra caminata, ésta por el barrio. Un camino que te llevó por la calle que pasa en frente al mercadito. La calle donde se ve una acacia florecida. La avenida Epitacio Pessoa, y las otras calles, como un tablero de ajedrez, hasta llegar a la calle del correo, por donde volviste a casa. Las flores rojas y amarillas. Las santas-ritas. Los escritos de la mãnana, los de otros días atrás, formando como un libro sin fin del que eres parte, como todo lo que existe. Las nubes en el cielo del atardecer, las nubes en el cielo del amanecer. Es como una sinfonía cromática. Y los benteveos cantando, como un coro ya próximo, ya lejano. Las reuniones de días pasados. La noche con los profesores, con la familia, con las colegas de la universidad, con los amigos y amigas del grupo ecuménico. Una red, pensaste. Una red te sostiene y te sustenta.