domingo, 25 de setembro de 2011

Há uma espécie de silêncio

Há uns estados internos que gostarias de partilhar. De repente, é como se apenas o silêncio fosse capaz de os trazer a tona. Como se somente esse silêncio em que te envolves, mesmo no meio às atividades do dia a dia, esse mesmo silencio é que diz alguma coisa, para ti e para os que amas, para as pessoas com quem gostarias de partilhar. A comunicação com um amigo da vida toda, com o teu mais antigo amigo, te traz outra vez estes estados. É como se de pronto, calasse algo em ti, uma sobre-exigência, esse Hitler interno de que Adalberto te falara, e apenas o silêncio pudesse te conter, pudesse te acolher por completo, no meio do teu dia a dia, no meio da vida de todas as horas, esta vida que se renova quando numa tarde como ésta que chega ao fim, dizes estas coisas. Não precisas fazer mais nada, já tudo está, em ti mesmo e lá fora, é tudo um, tu e a vida, que te leva, te guarda, te diz coisas, no silêncio da tarde que vai virando noite.

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