domingo, 18 de agosto de 2013

El hombre duplicado

A leitura do livro de Jose Saramago O homem duplicado, está provando ser uma experiência para lá de interessante. O encontro de um homem com o seu duplo é um tema fascinante. O duplo é o mesmo. Borges. Eu sou esse duplicado que anda por aí, esse eu que não sou eu e que anda por aí dizendo ser eu mesmo. É o tema da identidade. Do ser eu quem digo ser. Mas quer eu diga ou não ser quem eu acho ser, pouco estarei sabendo a mais sobre mim mesmo, e é disto que se trata. O ser que eu sou, que se espelha em todos com quem me encontro. Borges outra vez: los miles de reflejos que entre los dos crepúsculos del dia, tu rostro fue dejando en los espejos, y los que irá dejando todavía. El descubrimiento del ser que soy, y que es o puede ser una réplica de alguien que anda por ahí. De un Julio Cortázar cronopio y fama. ¿Cuántos he sido, cuántos seré? A veces tienes un vislumbre, una certeza casi clara. Una evidencia tangible de que eres ese ser que se multiplica y se reúne cada vez que se dispersa. La experiencia de leer El hombre duplicado de José Saramago está siendo la experiencia de ser Saramago en la hora en que lees ese libro escrito por ti mismo. Eres Saramago.

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