23 anos atrás, por coincidência
Eu me propunha a voltar a ser
Quem eu era antes da ditadura
Esta sensação me alcançou
No dia 8 de dezembro de 2022
Ao partilhar estes fatos nas redes da TCI
Recebi muitas expressões de apoio e reconhecimento
Hoje ainda sinto e vejo dentro de mim
Uma cor que me acolhe e anima
Associo ela ao acolhimento e ao pertencimento
É a cor amarela
Em 2003 publiquei meu livro Mosaico
E hoje prossigo essa tarefa
Recolher pedaços de mim
Refazer a minha trajetória
A pessoa que sou
Passo a passo, ponto a ponto
A ponto de agora, neste fim de tarde já quase noite
Dia da mãe no Brasil
Lembrar eu da minha mãe e das minhas avós
Minha família e comunidade
O chão que piso e me acolhe
O céu que logo mais mostrará as estrelas
Beleza, o olhar poético
A desocupação interior, deixar o lixo fora
Nascer e nascer e nascer e nascer de novo.
Ilustração: "Letras e cores"
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