quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Presença

Às vezes, a vida nos traz para uma espécie de parênteses. Se estabelece como um compasso de espera. Entramos em uma sorte de espaço virtual. Alguma coisa diminuiu, talvez as preocupações, as expectativas. Uma noção de fragilidade nos atinge em cheio. E ficamos, de repente –ou outra vez – como se estivéssemos chegando pela primeira vez ao mundo.

Alguma coisa em nós se aquieta. Deixamos de esperar tanto, de prever tanto, de planejar demasiado. Alguma coisa pode ser planejada, mas é bem pouca coisa. O mais é espontâneo, nos carrega, por assim dizer. E nos deixamos levar por uma espécie de tempo sem tempo, um tempo eterno que envolve todo o nosso estar aqui e agora habitual.

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