terça-feira, 31 de maio de 2016

Refazimento

Esta tarde, senti vontade de não fazer mais nada. Uma espécie de desejo de suspender toda atividade, todo compromisso. Ainda agora, que já é de noite, encontro-me nesse mesmo estado. Desobrigação. Acredito que isto possa ser resultado de um esforço excessivo em postar matérias contra o golpe na revista Consciência e, mais, o trabalho de elaborar um projeto de curso de formação em Terapia Comunitária Integrativa, no qual estou envolvido. Tudo cansa. Tudo é necessário, mas também cansa. Dias atrás, estive avançando na composição de um novo livro que estou preparando. Também isto é prazeroso e necessário. Em algum sentido, é o trabalho que menos me cansa. Me descansa. Tenho estado a ler um livro de Machado de Assis: Relíquias de Casa Velha. Os momentos passados na companhia deste e de outros livros de Machado de Assis, são momentos de refazimento. Pode ser que leia apenas umas linhas. Um ou outro parágrafo. Isto basta para me repor as forças. É como a oração. Certas orações muito simples, que tem ido se apresentando à minha alma, e nas quais estou e sou, sem esforço. Flores. Mimos do céu.

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