sábado, 10 de dezembro de 2016

Letras e cores

Leio Os fantasmas do chapeleiro, de Georges Simenon. Companhia dos livros e cores. 

Quadros que ainda não pintei, e nem sei se já estão pintados. Flores, jarros. Sensação de antigüidade. Me refugio em lugares aconchegantes, mundos includentes, vastos, ilimitados, e ao mesmo tempo, íntimos. Re-conhecimento. Ela descansa na tarde de sábado. E eu deixo que uma espécie de serenidade muito tênue me alcance. O tempo parece se alinhar com este instante. 

As letras vão deixando de descer sobre a folha, e vai chegando a hora de deixar meu mundo pelo mundo que é meu, também. Livros são escadas. Letras são tijolos. Cores são portos, são lugares.  

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