segunda-feira, 22 de abril de 2013

Estreitando o mundo

Ao longo deste tempo em que tenho me colocado no mundo sobre tudo como escritor, tenho recebido algumas expressões verdadeiramente valiosíssimas, de diversas pessoas, o que tem sido um estímulo muito grande para prosseguir nesta tarefa tão comunitária quanto solitária. Algumas dessas expressões tem valorizado o que as pessoas encontram nos meus escritos. Quero acreditar –e muitas vezes isto me é dito—que estes escritos e estas pessoas se espelham reciprocamente. Outras expressões se referem à minha pessoa, a qualidades que dizem ver em mim, e que reputo existam também em quem me as atribui. Dito isto, quero apenas dizer um muito obrigado bem grande. Um muito obrigado que não sei bem como dizer para que chegue verdadeiramente a todos e todas que possam estar lendo isto. Porque uma coisa é muito certa: sem essas leituras, sem essas leitoras e leitores, quem está do lado de cá da folha, não seria quem é, não teria chegado a este ponto tão valioso, de estar cara a cara com o mundo, cara a cara com a vida, sentindo-se parte de uma família imensa, que ultrapassa os limites geográficos do Brasil e da Argentina, chegando a gente de países da Europa. Não digo isto por me sentir um “autor de sucesso” ou um “escritor de sucesso”, e sim por sentir que neste ritual de alinhar palavras e as soltar ao vento, o mundo vai se estreitando. A estranheza, o estranhamento, vão desaparecendo. Sei que esta caminhada deve muito às pessoas que fui encontrando no meu caminho. Meus pais, minha esposa, minhas avós e os meus avôs, meus tios e tias. Meus irmãos, meus filhos e filhas, meus amigos e amigas, essa grande família com quem compartilho a vida.

Nenhum comentário: