Venho compondo dois
livros. Um, a versão em espanhol de Libertatura, livro que
publiquei em 2014. Outro, um manuscrito inédito, que recolhe
retalhos de experiências, vivências, anotações, reflexões, ao
redor da existência como um jogo de reflexos. Esta lenta tarefa não
tem pressa, por vezes vem a ocorrer em um ritmo tão demorado, que
parece detida. Mas há uma continuidade apenas perceptível que, no
entanto, nem sempre se traduz em uma positividade ativa na construção
propriamente dita. Refiro-me a algo que tenho notado também com
relação aos meus quadros, aos meus jogos com as cores. Cores e
letras. Jogo com escritos e pinturas, desenhos. Escritos e quadros,
desenhos, são mundos detidos, imagens ou reflexos de uma realidade
muito tênue que nos contém. Não necessariamente estes jogos se
realizam com plenitude em livros ou quadros acabados, terminados.
Este ano de 2016 parece estar sendo um tempo de maior existência em
mundos externos que finalmente acabam tendo seu desdobramento em
cores e letras. É um jogo. Jogo de jogar, e as letras e cores, as
imagens e anotações jogam comigo.
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