quarta-feira, 20 de abril de 2016

Reflexos

Venho compondo dois livros. Um, a versão em espanhol de Libertatura, livro que publiquei em 2014. Outro, um manuscrito inédito, que recolhe retalhos de experiências, vivências, anotações, reflexões, ao redor da existência como um jogo de reflexos. Esta lenta tarefa não tem pressa, por vezes vem a ocorrer em um ritmo tão demorado, que parece detida. Mas há uma continuidade apenas perceptível que, no entanto, nem sempre se traduz em uma positividade ativa na construção propriamente dita. Refiro-me a algo que tenho notado também com relação aos meus quadros, aos meus jogos com as cores. Cores e letras. Jogo com escritos e pinturas, desenhos. Escritos e quadros, desenhos, são mundos detidos, imagens ou reflexos de uma realidade muito tênue que nos contém. Não necessariamente estes jogos se realizam com plenitude em livros ou quadros acabados, terminados. Este ano de 2016 parece estar sendo um tempo de maior existência em mundos externos que finalmente acabam tendo seu desdobramento em cores e letras. É um jogo. Jogo de jogar, e as letras e cores, as imagens e anotações jogam comigo.  

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