terça-feira, 21 de outubro de 2008

Palavras de Alder Júlio Ferreira Calado sobre o livro Mosaico

Mosaico, de Rolando Lazarte
Novembro, 2003

No dia 13 de novembro de 2003, foi lançado o livro Mosaico, de autoria de Rolando Lazarte, no Parahyba Café, em João Pessoa, Paraíba, Nordeste do Brasil, com prefácios de Gita Lazarte e Luciano Ortega. A obra reúne poemas, ensaios e contos curtos, escritos entre 1996 e 2003, e pretende ser a primeira das memórias do autor[1]. Ao se referir ao livro, o sociólogo Alder Júlio Ferreira Calado[2] afirma:

“Refinado labor de engenho e arte, combinando linguagens bem diversas, o Mosaico se acha pontilhado de imagens, de cores, formas mil; de valores, saberes, de sabores, e de plantas, de odores, e de ritmos... O Mosaico é traçado, é tecido de “n” fios polêmicos/polissêmicos, cada ponto evocando tantos outros, sendo o todo presente em suas partes. Tempo e espaço se cruzam em cada tema, cada trama envolvendo “eu” e “nós”, que se nutrem do riso, da esperança, e também se alimentam do pincel, dos desenhos do ócio, o não-lugar, do bom vinho, da música; da saudade, à memória dos Beatles, de Cortázar, Max Weber, de Borges, Graciliano, de Pessoa, de Gita e de Omar... Renascendo das cores e das plantas, do gorjeio dos pássaros e da brisa, da mãe-terra, das águas e do fogo. Liberdade trazendo vida plena... Solidão solidária e memória: “Las paredes eran textos, el cielo frases, el piso hojas.”

Ao se referir a Rolando Lazarte, Alder Júlio Ferreira Calado diz: “Sociólogo de formação, humanista por vocação. Num contexto hegemonizado pela ideologia do 'pensamento único', seu estilo antipositivista e libertário incomoda a não poucos. Seus escritos, desde pelo menos a 'Cidadela Sociológica', suscitam polêmicas junto à oficialidade acadêmica. Por outro lado, há de se destacar o acolhimento que vem recebendo seu livro Max Weber: Ciência e Valores, reeditado pela Cortez e a publicar em espanhol próximamente. O prof. Rolando Lazarte tem atuado em várias frentes de produção de saberes. Principalmente nos últimos anos. Inútil tentar classificá-lo (não somente, aliás, no plano estritamente acadêmico). É dos poucos de quem se pode dizer que transita, com fluidez e leveza, por distintos campos de saberes, de modo a costurar-lhes com estilo as respectivas interfaces. O cultivo do domínio artístico lhe tem resultado preciosa fonte de suas inspirações de escritor assíduo, do que o livro ora editado constitui inequívoco atestado".


Este texto foi extraído da Revista Eletrônica Consciência http://www.consciencia.net/2003/11/22/mosaico.html

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