Minhas avós teciam,
para passar o tempo. Ou cuidavam do jardim, das plantas e flores. Eu
escrevo, que é uma maneira de tecer também. Vou juntando fios do
dia a dia, de ontem e desta hora em que escrevo estas coisas. Tudo
vai convergindo em cada palavra que vem à folha. Solto o que escrevo
e torço por essa folha seguir viagem até algum lugar em que possa
ser lida. Mas se não for lida, já o foi, já deixou sua mensagem,
como espuma na areia. Não me concebo sem este afazer que me entretém
e me diverte. Me alegra e me faz. Vou costurando os instantes que me
é dado viver. Tudo se renova, tudo vem a ser ainda mais supreendente
e maravilhoso, na sua mera e simples existência.
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