sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Desexigindo

Ontem noite curti uma noitada de confraternização da ADUFPB, o sindicato docente da Universidade Federal da Paraíba. Foi no Jampa Ville. Mas todo este rodeio foi para dizer que, se curti, como de fato, curti, foi porque estive, como continuo estando, com menos expectativas. Menos expectativas com relação a tudo. Às pessoas, a mim mesmo, ao que acontece. Antigamente, sempre estava como que numa atitude de rechaço, de crítica, de distanciamento. Expectativa quer dizer, neste contexto, exigências. Exigia muito de mim, e exigia muito dos outros, da vida, de tudo ao meu redor. Esta atitude começou a se desmontar em outubro deste ano de 2012, e continua se desmontando, graças a Deus. Ontem à noite, nessa reunião dos docentes, fiquei numa mesa com Maria, minha esposa, a filha dela, Leila, Felipe, o namorado dela, e Romero e Mara, meus cunhados. Encontrei Ricardo, o presidente da ADUFPB, e passou pela mesa, nos cumprimentando, uma amiga de Vagneide, outra das minhas cunhadas. O lugar era aberto, ao menos o lugar em que ficamos. Atrás, uns ciprestes enfeitados com luzes coloridas. Lá dentro, uma orquestra tocando músicas. Comemos salgadinhos, tomei vinho, que um garção repunha na minha taça sem que eu pedisse. Olhava às mesas em volta, olhava em redor, a ver se encontrava alguma cara conhecida. Muito poucas, quase nenhuma. Em outros tempos, teria me frustrado. Agora, curtia o que tinha, o que estava, o que era, ou, melhor dizendo, o que estava sendo. Hoje acordei com uma sensação de paz. Andei pela praia, curti o sol, a água, a vista das pessoas que estavam pela areia. Como algo tão simples, como relaxar a expectativa, a exigência, pode nos fazer sentir tão bem.

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