Tenho-me visto --e ainda estou-- às voltas com duas
sensações prazerosas, nestes dias. Uma oriunda do meu novo livro, (Libertatura)
que volta a mim como um oceano que retorna a si mesmo. Outra, derivada de um
quadro azul e amarelo, com uma casa e um álamo sob o céu, que ainda pintarei de
novo. Uma e outra sensação, são como os dois lados de uma onda que vai e vem.
Vai e vem de lá para cá e de cá para lá. E neste ir e vir, o aqui e agora, o
presente unificado em que vivo cada vez mais, este tempo de beleza e quietude
que me contém. Um tempo detido em que me encontro a me alimentar da beleza de
estar vivo e ter superado o que me tocou superar. Dores que me fizeram forte,
me tornaram sólido e firme. Sustentado na terra que acolhe meus passos sob o
sol, sob o céu, por aquele caminho do campo beirado de álamos e de uma casa em
que nasci e na qual vivo para sempre feliz.
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