Voltava das
Ocas do Índio. Cada volta é uma outra volta, diferente de todas as anteriores, mas
sempre uma volta. Tantos rostos, sorrisos, sentimentos, conversas, momentos.
Tudo costurado como um fio que começa dentro e fora de ti e segue para dentro e
para fora.
Uma costura contínua de passado e presente, e futuro. A comemoração
do aniversário. Dançando, brincando, rindo. Nunca tivera um aniversário com
tanta gente. Todo mundo em volta, abençoando. Abençoado, abençoar. A vida como
uma bênção, como uma dádiva, um dom de Deus.
A família em volta, também. Tudo é
família. Um mundo dentro de ti e ao teu redor. Isto é esta costura, este
tecermos juntos. Uma teia contínua. A teia da vida. Hoje já todas e todos
deverão estar também de volta nas suas casas.
Prossegue a vida, prossegue o
dia. Um ano de muitas alegrias. Momentos inesquecíveis. Novas semeaduras, novas
costuras. E ainda assim, tudo como em um tempo detido. Um tempo atemporal, em
que não há o passar do tempo.
Um tempo imóvel, dentro e fora de ti. As pegadas
na areia. O mar. A noite. O luar. O sol nascendo uma e outra vez. Tudo muda e
continua o mesmo.
Os ecos de ti voltando de toda essa gente querida que te
rodeia e mora dentro de ti. Como um caleidoscópio que gira e dá mais voltas.
Tudo gira e, no entanto, tudo está no mesmo lugar. Se move, muda e permanece.
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