sábado, 6 de dezembro de 2014

Vendo

Dias atrás, no encontro com um poeta meu amigo, senti que há uma linguagem silenciosa, que restaura a visão original. Repõe a visão direta das coisas, do mundo, de mim mesmo, das outras pessoas. Isto ocorreu em meio a uma conversa com outros amigos.
Há momentos em que paro de pensar. A mente se detém. Então vem a visão do mundo. Ou, melhor, vem duas visões do mundo, uma interna, biográfica, e uma outra, também interna, visual. Visual de uma clareza maior do que a que tenho deste lado da realidade.
Tenho pintado já vários quadros com um álamo e uma casa. Um sol amarelo no fundo, e montanhas. Estes quadros, em perspectiva, também repõem a visão interna, que tem uma nitidez maior do que a visão para fora, a visão externa. Não estou querendo contrapor uma visão à outra. Apenas registrando o que vai acontecendo.

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