Ontem comecei a ler O
coronel e o lobisomem, de José Cândido de Carvalho. Tem ums livros que nos
atraem logo desde o começo. Assim está acontecendo com este. Uma escrita ágil e
envolvente, tanto pelo uso de regionalismos -- que em seguida me remeteu a um
dos meus escritores preferidos, Graciliano Ramos—quanto pelo enredo em si
mesmo, que é bem original. Enquanto lia, me dei conta de que estava praticando
um tipo de leitura distraída que é a que mais frequentemente pratico. Ou seja:
uma atenção que não se prende de todo ao que está lendo, e, sim, se deixa levar
para os outros mundos a que o escrito remete. Desta forma, consigo me subtrair
a uma excessiva demanda vinda do lado de cá, da chamada realidade objetiva que,
como sabemos, não existe. A leitura também me proporciona um descanso profundo,
um desligamento de uma realidade na qual muitas vezes há preocupações,
ansiedade.
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